No mês de março, a Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado já havia denunciado a transferência do Setor de Compras, o que implicaria em desemprego, mas em nota oficial o grupo Ceconsud/G.Barbosa negou as demissões, comunicando que a empresa estava “realizando alterações na estrutura de atuação da sua área comercial em função dos seus planos de crescimento e de sua abrangência nacional”.
As informações que chegaram à Fecomse dão conta de que os cortes estão ocorrendo e cerca de 500 trabalhadores perderão seus empregos. Além disso, o grupo estaria anunciando aos seus fornecedores que a partir de 15 de setembro o Setor de Compras atenderá na Bahia. “Estamos preocupados com essa situação e lamentamos a posição da empresa”, disse o presidente da federação, Ronildo Almeida.
Na época, a Fecomse denunciou e pediu apoio político para evitar o fechamento deste Setor no estado, quando na ocasião o secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, Oliveira Júnior, relatou para a imprensa que, em contato com executivos do grupo, obteve a informação do Ceconsud/G.Barbosa de que eram “infundados os boatos sobre as demissões em Sergipe”.
“Temos a consciência de que essa decisão trará prejuízo econômico para o estado não só com o desemprego direto dos trabalhadores, mas também inviabilizará a atividade do pequeno fornecedor e produtor sergipano, pois ficará inviável o seu deslocamento para a Bahia por conta do aumento das suas despesas. É triste ver a repetição desse filme. Foi assim com o grupo Walmart/Bompreço, que retirou todos os setores administrativos do estado. Esse mesmo caminho está sendo trilhado pelo Ceconsud/G.Barbosa”, avaliou Ronildo.
ASCOM FECOMSE