A informação que chegou à Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe é de que o grupo G. Barbosa está fechando setores importantes para a economia do estado e dispensando de imediato uma centena de empregados. Chegou ainda ao conhecimento da Fecomse que os setores de Limpeza e Alimentação, que funcionam na Central de Distribuição da rede, serão terceirizados e os comerciários demitidos.
Outra informação considerada grave pela Federação dos Comerciários é o fechamento do Setor de Compras, que será transferido para Salvador e os trabalhadores também dispensados.
De acordo com a Fecomse, o total de demissões feitas pelo G. Barbosa em Sergipe pode chegar a 1.000, ao incluir nessa conta os empregados com menos de um ano de casa que podem ter sido demitidos e as homologações dos comerciários com mais de um ano de trabalho que foram feitas no Sindicato dos Empregados no Comércio de Aracaju (SECA), no período de janeiro a março deste ano.
“O fechamento de setores importantes em Sergipe traz prejuízos para a economia do estado como também para a classe trabalhadora. A informação que temos é que todos os empregados dos Setores de Compras, Limpeza e Alimentação serão demitidos. São 100 demissões de imediato. O prejuízo se estende aos representantes comerciais de Sergipe e aos pequenos, médios e grandes produtores, que eram fornecedores do G.Barbosa”, avalia o presidente da Federação dos Comerciários, Ronildo Almeida.
Desde Novembro de 2007 a rede nascida em solo sergipano, passou a ser comandada pela varejista chilena Cencosud. Hoje é a quarta maior rede varejista do país.
A HISTÓRIA SE REPETE
O presidente da Federação dos Comerciários de Sergipe lamenta a falta de posicionamento da classe política de Sergipe, principalmente do governo do Estado, uma vez que o fechamento e transferência de setores importantes em Sergipe e demissões de comerciários ocorrem também em 2005 quando a multinacional Walmart adquiriu o Bompreço. “Esse filme já vimos. O Bompreço/Walmart também tirou do estado essas estruturas provocando desemprego e prejuízos para a economia de Sergipe. Temos denunciado constantemente as ações negativas das multinacionais, no entanto nenhuma posição política é tomada”, disse Ronildo.
Ascom Fecomse