Por Lucas Agrela, da Revista Exame
As redes sociais se tornaram ambientes só de aparências e o propósito primário, conectar pessoas, se perdeu. Essa é a visão de Orkut Büyükkökten, o criador do site de relacionamentos Orkut.com, encerrado em 2014 – mesmo aclamado pelos brasileiros até seu último dia de existência.
“Parou de ser divertido e é cada vez mais solitário estar nas redes sociais. Nós escondemos atrás do celular o tempo todo”, declarou Orkut. “As pessoas pararam de se conectar para fazer amigos online, as redes sociais são sobre broadcast. Se você pensar sobre o Facebook, amigos e seguidores, tem apps de comunicação, mas ele não ajuda a encontrar pessoas novas.”
Atualmente, cerca de 20 pessoas trabalham com Orkut no Hello, sendo que metade são engenheiros. O foco é tornar o conceito de rede social algo feliz novamente.
“Em comunidades, as pessoas se ajudam e se comunicam e viram amigas. Acredito que encontrar gente que nos entenda é mais importante do que resolver os problemas mais avançados da astrofísica”, disse o fundador do site do Hello.
O Hello tem 270 mil downloads e, segundo Orkut, o grupo de usuários brasileiros é um dos mais engajados e costuma enviar sugestões para melhorar o app.
Agora, esse Orkut 2.0 se prepara para chegar à Índia neste mês.
Êxodo para o Facebook
A migração dos usuários do Orkut para o Facebook foi em massa entre 2011 e 2014. Enquanto o Orkut caía, o Facebook se fortalecia em países como Brasil e Índia, os mais populares para o site de relacionamentos.
“Com as redes, precisamos ficar atualizados com a tecnologia, acompanhar gerações, tendências e comunidades. O Orkut era do tempo em que todos estavam nos PCs”, declarou Orkut.
“O Hello é a nova geração do Orkut”.
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