Cerca de 300 funcionários de uma distribuidora de bebidas protestaram contra a morte de um colega de trabalho morto a tiros durante um assalto, no final da manhã desta terça-feira (2), no Conjunto Almirante Tamandaré, na Zona Norte de Aracaju.
De acordo com os funcionários, o clima de insegurança durante as entregas em vários bairros da capital é constante. Muitos deles relataram já terem sido assaltados. Durante o protesto, os funcionários bloquearam o trânsito na Avenida Tancredo Neves por cerca de dez minutos. O trânsito, que é intenso na via, ficou congestionado.
Após a manifestação, os funcionários seguiram em carreata até o Bairro Lamarão, na Zona Norte, onde o corpo de Edvan José Cardoso da Silva, de 32 anos, estava sendo velado por amigos e familiares. A esposa da vítima, grávida de nove meses, não se conforma com o que ocorreu. Muito abalada, ela preferiu não dar entrevista. O nascimento do filho do casal está programado para esta semana.
Crime
Edvan José, que trabalhava há dois meses na empresa, foi morto com dois tiros quando realizava uma entrega em um bar no Conjunto Almirante Tamandaré, na Zona Norte da capital, no final da manhã de ontem. Segundo a polícia, dois homens teriam se aproximado e efetuado os disparos.
O proprietário da mercearia preferiu não se identificar, mas disse que ouviu o barulho dos disparos. Funcionários da distribuidora de bebidas estiveram no local, mas não tinham autorização para falar sobre o assunto. Disseram apenas que por causa da insegurança o pessoal da entrega não trabalha com dinheiro só com boletos.
Já outro funcionário, que preferiu não se identificar e que já foi vítima de assalto, tem outra versão sobre o assunto. Segundo ele, todos trabalham com medo, pois muitos comerciantes preferem pagar em espécie quando recebem as mercadorias e por isso os funcionários acabam se tornando alvo dos criminosos.
A distribuidora disse que, no caso da entrega no Almirante Tamandaré, não havia nenhuma quantia em dinheiro. A empresa disse também que vai prestar toda a assistência necessária à família.
Com informações de Denise Gomes do G1, em Sergipe