Diversos funcionários da Maternidade Maria de Lourdes Nogueira entraram em contato com a redação do SE Notícias para denunciar atrasos nos pagamentos salariais. Segundo os relatos, os trabalhadores enfrentam dificuldades devido à recorrência do problema.
“Boa noite, venho por meio deste informar que os funcionários estão sem receber salário. Todo mês é a mesma situação”, afirmou um dos denunciantes.
Outro profissional da enfermagem relatou que o quinto dia útil de fevereiro passou sem que houvesse pagamento. “Trabalho na Lourdes Nogueira na enfermagem e o quinto dia útil foi na quinta-feira, mas até agora nada de pagamento. No mês passado, recebemos depois do dia 20”, disse.
As reclamações também incluem auxiliares de farmácia e outros setores da unidade. “Mês passado recebemos o salário com atraso de 15 dias. E esse mês, o pagamento continua em atraso novamente. Somos mais de 400 funcionários”, revelou um auxiliar de farmácia.
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Funcionários da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira denunciam atrasos salariais – Foto: Ana Lícia Menezes/arquivo/AAN
Os trabalhadores alegam que a unidade é gerida pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) e que algumas empresas terceirizadas já receberam os repasses, enquanto os profissionais contratados diretamente ainda aguardam os pagamentos.
O SE Notícias entrou em contato com a administração da maternidade e com o INTS para esclarecer a situação e aguarda um posicionamento.
Prefeita de Aracaju questiona contrato milionário
A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, manifestou preocupação com os valores do contrato firmado com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira. O contrato, que soma aproximadamente R$ 414 milhões, prevê um repasse mensal de cerca de R$ 7 milhões para a realização de 600 partos.
No entanto, desde a inauguração da unidade, o número máximo de partos realizados mensalmente foi de apenas 200, o que eleva o custo por procedimento para cerca de R$ 20 mil. Esse valor é significativamente superior à média praticada na rede privada, estimada em R$ 6 mil por parto. Diante desse cenário, a prefeita destacou a necessidade de revisar o contrato e buscar maior eficiência na aplicação dos recursos públicos.
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Redação SE Notícias