Video mapping, lambes, grafites, mosaicos, esculturas. Nunca Aracaju recebeu tantas obras no campo das artes visuais e urbanas como agora, com as entregas das obras do Festival Colora. O projeto, executado pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), tem inundado os bairros da capital com intervenções artísticas que carregam painéis com cores, significados e representatividade nas comunidades onde são inseridos.
É com esse olhar para as novas linguagens da arte, sem esquecer os métodos tradicionais de produção cultural, que a Funcaju tem conduzido as diretrizes dos seus aparelhos culturais e políticas de fomento e incentivo à produção artística em Aracaju. Nesta segunda-feira, 26, o presidente da Fundação, Luciano Correia, reuniu artistas que participaram do Festival Colora para discutir futuros projetos.
“O projeto Colora revelou uma grande surpresa nas ruas de Aracaju, com essa produção riquíssima dos nossos artistas. Esse projeto identifica o surgimento de uma nova cena nesse campo das artes visuais e urbanas de Aracaju. O Colora foi um momento inicial de um diálogo que eu pretendo estreitar cada vez mais com esses novos atores, são talentos muito bons, sem nenhum prejuízo dos artistas mais antigos, como Adauto Machado, Hortência Barreto, entre outros, que é importante mantê-los no radar do poder público e das políticas públicas voltadas para essa área. Mas precisamos prestar atenção na emergência das novas linguagens e esses artistas representam isso”, pontua Luciano Correia.
O gestor da Funcaju também ressalta que uma das políticas culturais aplicadas no Município é a participação desses artistas na ressignificação das unidades da Funcaju para a sociedade. “Aproveitamos para discutir o futuro da galeria Álvaro Santos, que precisa ser ressignificada. É repensar, discutir, envolver essa nova cena artística do campo das artes visuais e urbanas”, complementa.
Contemplada da Lei Aldir Blanc e com projeto no Festival Colora, a artista Márjorie Garrido participou da reunião e destacou a importância do diálogo promovido pela gestão municipal. “Quando a gente tem um projeto como o Colora, não só movimenta os artistas, mas toda a cadeia de comércio, indústria, o trabalho dos fotógrafos, das pessoas que registram isso, das equipes de apoio, o capital que envolve tudo isso, então precisamos entender a amplitude desse processo. Esse diálogo é sempre importante para a gente. Pensar junto, possibilitar outros olhares, perceber encaminhamentos futuros com a gestão, para que a gente reveja situações, amplie acessos, é o ponto interessante de uma gestão aberta”, registra.
Autor de uma arte que vem das ruas e periferias urbanas, o grafiteiro Korea também acredita no diálogo como ferramenta de potencialização das produções culturais e destaca o trabalho da Prefeitura de Aracaju. “Eu que venho há anos nessa linguagem da rua, porque o grafite é isso. E de repente quando você tem a oportunidade de ganhar uma força tão grande como essa da Funcaju, com o Festival Colora, é muito importante. Essa reunião é um pontapé inicial para a cultura sergipana, para o grafite, para a arte visual, é um empurrão enorme. Você abre caminhos, constrói um alicerce. A partir dessas reuniões, de projetos como o Colora, tenho certeza que vamos traçar grandes projetos para a arte sergipana”, finaliza.
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Fonte: Agência Aracaju de Notícias