Marina Fontenele e Tássio Andrade, do G1 SE
Cerca de 30 entidades que fazem parte da Frente Sergipana Brasil Popular vão participar de uma caminhada em apoio a presidente Dilma Rousseff, ao Partido dos Trabalhadores (PT) e pela legalidade democrática do país. O ato público está marcado para as 14h de quinta-feira (20) com saída na Praça General Valadão, no Centro de Aracaju, e fim próximo ao terminal de ônibus do Distrito Industrial (DIA).
O percurso inclui ainda as avenidas Pedro Calazans, Hermes Fontes e Adélia Franco e outras ruas movimentadas da capital sergipana. Os organizadores informaram que pediram apoio da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) para interromper o fluxo de veículos nessas vias durante a passeata.
Representantes do movimento realizaram uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (19) no auditório da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para informar como será o ato público que terá a participação de entidades sindicais, movimentos populares, partidos políticos e organizações sociais.
De acordo com Gileno Damascena, coordenador estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a expectativa é reunir 16 mil pessoas no evento.
A Frente Sergipana Brasil Popular, criada no início deste mês, informou através de nota que não aceita que retirem o poder do voto que deu os resultados nas últimas eleições.
“Os inconformados com o resultado das eleições ou com as ações dos mandatos recém-nomeados têm todo o direito de fazer oposição, manifestar-se e lançar mão de todos os recursos previstos em lei. Mas consideramos inaceitável e somos contra as contínuas tentativas de setores da oposição e da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da ilegalidade democrática”, diz trecho do comunicado.
A Frente considera que estão tentando dar um golpe na presidente Dilma Rousseff. “Nunca se viu o que está se vendo agora: a tentativa, por parte do presidente da Câmara dos Deputados, às vezes em conluio com o presidente da do Senado, de usurpar os poderes presidenciais e impor ao país uma pauta conservadora que não foi a vitoriosa nas eleições de 2014”.
O movimento questionou ainda o Poder Judiciário e o Ministério Público, que estariam “querendo assumir o papel de polícia e desrespeitar a Constituição”.