Do G1 SE
A Câmara de Vereadores de Cristinápolis foi incendiada por volta das 2h desta sexta-feira (12), mesmo dia que deveria acontecer a sessão que iria avaliar o pedido de impeachment do prefeito da cidade, o padre Raimundo da Silva Leal (PMDB).
De acordo com o vereador José Dantas de Santana, presidente da Câmara Municipal, invasores teriam utilizado uma pedra de cerca de 10 kg para quebrar a porta de vidro do local e utilizado combustível para atear fogo.
A maioria da documentação do órgão público foi queimada e ainda não se sabe se o processo que reúne provas para o pedido de cassação do prefeito também foi comprometido.
“A sessão extraordinária onde seria votada a cassação do prefeito estava marcada para as 14h desta sexta-feira (12). Diante desse fato, que acredito ter sido um incêndio criminoso, a mesa diretora da Câmara vai se reunir com o setor jurídico para saber o que deve ser feito. Se as provas foram queimadas não poderá haver cassação”, afirmou José Dantas.
A equipe de reportagem do G1 tentou falar com o prefeito Raimundo, mas o telefone da assessoria dele dá desligado. O site está a disposição para incluir o posicionamento dele sobre o caso nesta reportagem.
Entenda o caso
Os vereadores de Cristinápolis aprovaram não dia 17 de novembro do ano passado, por oito votos a dois, a abertura do processo de impeachment do prefeito Raimundo Leal. O pedido de impeachment foi protocolado na Câmara de Vereadores no último cinco dias antes por um empresário da cidade. Na época, o prefeito não foi localizado para falar sobre o assunto, mas a assessoria informou que ele recebeu com surpresa a aprovação do pedido de impeachment.
“Algumas irregularidades administrativas foram encontradas durante a realização de uma CPI e isso motivou a abertura do processo de impeachment”, explicou José Dantas, em entrevista concedida há quase três meses.