Assim como ao longo da decepcionante temporada, mais uma vez ficou faltou algo a mais ao Flamengo na decisão. Com o empate em 1 a 1 no Morumbi, gols de Bruno Henrique e Rodrigo Nestor, o título da Copa do Brasil ficou com o São Paulo, campeão pela primeira vez. Enquanto o Rubro-Negro amarga o quinto vice em nove finais do torneio e, mal no Brasileirão, deve terminar 2023 sem conquista.
O Rubro-Negro não fez má partida e poderia sair com uma vitória. Seja pela falta de mais organização, de jogadas trabalhadas, assim como maior contundência e até mesmo capricho, desperdiçou o maior volume que teve durante o jogo. E, claro, pagou o preço pelo péssimo jogo no Maracanã, quando perdeu por 1 a 0 na ida, o que definiu a final.
Gols perdidos no primeiro tempo
O Flamengo teve tudo para deixar a final da Copa do Brasil empatada no primeiro tempo. Agressivo na marcação e com uma postura pouco vista nas últimas partidas, o Rubro-Negro dominou os primeiros 20 minutos. Pedro, com 30 segundos, e Gerson, aos 18 minutos, não abriram o placar por causa de Rafael, com saídas providenciais para defender seus chutes.
O problema maior era o que fazer com a bola quando rapidamente a recuperava de um São Paulo desconfortável. Sem uma grande organização e Arrascaeta no sacrifício, o Flamengo não tinha o controle e passou a ceder espaços. Calleri, Wellington Rato e Lucas, de bicicleta, por pouco não definiram a decisão.
Mas o Flamengo tem um outro iluminado em grandes jogos além de Gabigol, que foi barrado. Até então sumido, Bruno Henrique apareceu no rebote de chute de Pulgar, para abrir o placar, aos 43, em rara – e a melhor – jogada coletiva rubro-negra. O segundo só não saiu em outro lance do atacante porque Pedro não alcançou na pequena área. O balde de água fria do São Paulo saiu em um golaço de Rodrigo Nestor, pegando a sobra após cruzamento afastado por Rossi para empatar, aos 49.
Flamengo com mais volume
Na necessidade de gols para manter o sonho do título da Copa do Brasil vivo, o Flamengo conseguiu voltar para o segundo tempo com mais volume de jogo. Ainda que sem tanta eficiência, pressionou com mais jogadas de ataque. Fabrício Bruno, Gerson e Pedro passaram perto do segundo gol.
Sem alternativas e com o São Paulo sem jogar e apenas buscando bolas longas, Sampaoli abriu mais o time, com Luiz Araújo no lugar de Thiago Maia, e Gerson, que estava bem pela direita, recuou. Gabigol, Everton Ribeiro e Victor Hugo também entraram, sem mudar a estrutura do time em campo. As mexidas, junto às de Dorival no São Paulo, equilibraram o jogo.
Na verdade, o São Paulo ficou melhor e Luciano perdeu chance de gol incrível em contra-ataque. E o Rubro-Negro, desorganizado, quase não chegou com perigo nos 20 minutos finais, com exceção de um chute na pequena área de Pulgar, para fora, e de Ayrton Lucas, defendido por Rafael, ambos nos acréscimos.
Local: Morumbi (SP)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (Fifa/SC)
Gols: Bruno Henrique (aos 43min/1ºT); Rodrigo Nestor (49min/1ºT)
Cartões amarelos: Alisson, Pablo Maia, Rafinha, Gabriel Neves (SAO); Léo Pereira, Fabrício Bruno (FLA);
Cartão vermelho: Gabriel Neves (SAO)
São Paulo: Rafael, Rafinha, Arboleda (Diego Costa), Lucas Beraldo e Caio Paulista (Wellington); Pablo Maia, Alisson (Gabriel Neves), Wellington Rato (Luciano), Lucas Moura e Rodrigo Nestor (Michel Araújo); Calleri. Técnico: Dorival Júnior.
Flamengo: Rossi, Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Thiago Maia (Luiz Araújo), Pulgar, Gerson (Victor Hugo) e Arrascaeta (Everton Ribeiro); Bruno Henrique e Pedro (Gabigol). Técnico: Jorge Sampaoli.
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Fonte: O Dia.com.br