Além da euforia que a chegada do Carnaval causa em todos os foliões, a automedicação torna-se assunto no momento de preparar as malas, pois, para muitos, Carnaval exige um bom ‘Kit Ressaca’. Para a farmacêutica Priscilla Santana, o famoso kit tornou-se algo comum a ser procurado nas farmácias, apesar dele não existir e nem ela recomendar.“As pessoas passaram a se garantir no uso de analgésicos, protetores gástricos, bem como, energéticos, para curar qualquer mal-estar causado pelo excesso de bebida ou até mesmo pelo simples cansaço físico. É preciso muito cuidado, pois ressalto a todos os foliões que me procuram: kit ressaca não existe. O que é preciso é consciência e precaução, pois o uso errado de medicamentos causa sérios riscos à saúde, a exemplo de uma possível hemorragia gastrointestinal, irritação da mucosa do estômago, além de náuseas. Estes são alguns dos muitos perigos” , pontua a farmacêutica.
A estudante Camila França, que adora passar o Carnaval em Olinda, confessa que mudou o hábito de levar na mala uma verdadeira ‘farmacinha’. “Espero ansiosamente o Carnaval chegar, há muitos anos consigo programar viagens para este período e, por achar que conhecia meu corpo quando comparado à intensidade da folia, tinha o costume de organizar os medicamentos que eu imaginar precisar. Depois de um susto, quando ao misturar a medicação com energético tive uma queda de pressão brusca, no meio da festa, dei um freio nisso. Hoje, faço acompanhamento com nutricionista e levo na necessaire apenas composto vitamínico manipulado”, declara a foliã.
É por achar que têm conhecimento suficiente e fácil acesso a determinados medicamentos, que muitas pessoas metem os pés pelas mãos e acabam misturando uma dosagem errada com a bebida já acumulado pelo corpo, explica a farmacêutica Priscilla Santana: “ o que nossa sociedade precisa é cuidar da saúde com o mesmo cuidado que planeja a viagem de Carnaval. É extremamente perigoso reunir diversos medicamentos sem prescrição médica e fazer uso pelo que acha que está sentindo, seja uma azia, dor muscular, dor de cabeça ou até mesmo os casos frequentes de vômito. Eu sempre recomendo aos pacientes que me procuram, cuidados diários, como uma boa alimentação , prática de atividade física e hidratação , para que o Carnaval seja livre de medicamentos. Se o corpo estiver bem cuidado, ele mesmo recusará excessos e não permitirá que a ressaca chegue”, conclui a profissional.
Fonte e foto: Assessoria de comunicação
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