Gerson Camata, do MDB, tinha 77 anos. O crime foi na tarde desta quarta-feira (26), em frente a um restaurante, na Praia do Canto. A ambulância chegou a ser chamada, mas o ex-governador não resistiu aos ferimentos. Um suspeito está preso e, segundo a polícia, confessou o crime.
O assassinato no fim da tarde, numa rua movimentada, do bairro Praia do Canto, em Vitória. As equipes de emergência chegaram ao local, mas Gerson Camata não resistiu. Ele foi morto com um tiro no pescoço, na frente de um restaurante.
Logo após o assassinato a polícia prendeu um suspeito: Marcus Venício de Moreira Andrade, de 66 anos. Na delegacia ele confessou o crime. Marcus Venício foi assessor de Gerson Camata. Nesta quarta os dois se encontraram, discutiram e Marcus atirou no ex-governador.
As primeiras informações da polícia são de que Gerson Camata entrou com uma ação na Justiça contra Marcus Venício e essa teria sido a motivação do crime.
“Esse ex-assessor trabalhou com Gerson Camata durante 20 anos e ele, Marcus Venício, teve R$ 60 mil bloqueados em sua conta”, disse o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Nylton Rodrigues.
Gerson Camata trabalhava como radialista. Entrou na política em 1967 quando foi eleito vereador de Vitória. Depois se elegeu deputado estadual, federal, governador de 1983 a 1986 e exerceu três mandatos de senador.
Ele era casado com a ex-deputada federal Rita Camata, com quem tem dois filhos. Camata morava em outro bairro de Vitória, mas costumava frequentar a Praia do Canto, onde foi assassinado. Parentes do ex-governador foram ao local do crime.
Até as 21h30 o corpo de Gerson Camata estava no Departamento Médico Legal, no aguardo de parentes para a liberação. Ainda não foram divulgados horário e local do velório morte do ex-governador e ex-senador. O governo do estado já colocou o Palácio Anchieta, que é a sede do governo capixaba, à disposição da família para realização do velório.
Um sobrinho do ex-governador sem dar muitos detalhes, disse que Camata chegou a comentar que estava sofrendo ameaças.
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, declarou outro oficial de sete dias e disse que o estado do Espírito Santo perde uma de suas principais lideranças. O governador eleito, Renato Casagrande, do PSB, disse que é “lamentável que um homem que contribuiu tanto para o desenvolvimento estado tenha perdido a vida de forma tão trágica”.
A morte de Gerson Camata repercutiu em Brasília. O presidente Michel Temer lamentou em rede social a morte de Camata, a quem chamou de amigo. Temer enviou os sentimentos de pesar à esposa e deputada Rita Camata e aos filhos do casal.
O MDB, partido de Gerson Camata, disse que ele “foi um dos nomes mais importantes do partido e do processo de redemocratização do país”. Os presidentes da Câmara e do Senado também divulgaram nota. O senador Eunício Oliveira (MDB) disse que “por 24 anos Gerson Camata representou com destaque o estado do Espírito Santo no Senado Federal”. O deputado Rodrigo Maia (DEM) afirmou que Camata foi “um homem público que prestou um grande serviço ao estado do Espírito Santo ao Parlamento e ao Brasil”. A Ordem dos Advogados do Brasil também manifestou pesar pelo falecimento do ex-governador.
O assassino confesso, Marcus Vinicius Moreira Andrade, de 66 anos, terminou de prestar depoimento na Divisão de Homicídios por volta de 21h. Ele estava acompanhado por três advogados e continua preso. Ele foi preso no mesmo bairro onde cometeu o assassinato cerca de uma hora depois.
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Informações de O Globo