O advogado Bruno Costa Souza, de 31 anos, cujo registro já foi cassado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Sergipe), está preso na 14ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Irecê, Ele foi flagrado, no início desse mês, por investigadores da Polícia Civil, quando tentava sacar, numa agência da Caixa Econômica Federal (CEF), naquela cidade, a quantia de R$ 150 mil em precatórios, com documentos falsificados em nome de outra pessoa.
Com registro suspenso desde julho de 2012, depois de ter sido flagrado entregando dois celulares e cinco carregadores de bateria para detentos do Complexo Penitenciário Carvalho Neto (Copenan), na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, Bruno foi denunciado pelo gerente da CEF.
A delegada Isabel Cristine Soares Pinto, plantonista da DT/Irecê, autuou Bruno Costa em flagrante por estelionato e exercício ilegal da profissão. Ele, que já responde a mais de 30 procedimentos no Conselho de Ética, ficará custodiado à disposição da Justiça.
Cassado
Em julho do ano passado, Bruno Costa Souza foi cassado por unanimidade pelo Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Sergipe (OAB/SE). A apreciação do processo disciplinar n° 141/2012. 30 conselheiros acompanharam o relator Silvio Costa que pediu pela pena máxima,- cassação. Com a decisão, o requerido perdeu a carteira da Ordem de número 4475.
Crimes
Bruno Costa foi preso em flagrante no dia 22 de julho de 2011 por repassar dois aparelhos celulares e cinco carregadores de bateria a dois internos do Complexo Penitenciário Carvalho Neto (Copencan), em São Cristóvão. Ele foi solto logo depois de prestar depoimento e assinar um Termo Circunstanciado na Delegacia Plantonista da capital. Por este crime, Bruno poderia pegar de três meses a um ano de prisão.
No dia 4 de agosto também de 2011 Bruno foi preso acusado dos crimes de estelionato e uso de documentos falsos. Ele teria entrado em contato com a Ordem informando sobre o decreto de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal. A OAB intermediou a prisão que ocorreu de forma espontânea.
Ainda em 2011, mesmo com a carteira suspensa pela OAB, Bruno ainda se apresentou como advogado de um traficante alegando que havia esquecido a carteira da Ordem em casa. O delegado Alessandro Vieira, prendeu Bruno novamente no dia 27 de outubro de 2011 por exercício ilegal da profissão.
Bruno Costa também é acusado de ter utilizado no ano de 2008 diversas folhas de cheque pós-datado sem fundos durante compras em lojas de um shopping da capital, causando um prejuízo de R$ 2.800,00.
Em 2009 o advogado também foi preso no Rio de Janeiro pelo crime de estelionato. O advogado tentava aplicar um golpe no Hotel Ipanema Plaza, em Ipanema. Os agentes encontraram com o advogado 26 cartões de crédito de todas as bandeiras.
Por Kátia Susanna /Infonet com informações da Polícia Civil da Bahia