Tema polêmico que divide opiniões em todo o mundo, exacerba discussões e provoca análises entre os mais variados segmentos. O Centro Espírita Casa da Fraternidade sempre engajado em temas contemporâneos, recebe na próxima segunda-feira (13), a partir das 20h, o juiz da Comarca de São Cristóvão e professor de Direito, Manoel Costa Neto, que vai falar sobre Eutanásia.
Na palestra, o magistrado vai abordar as variantes que envolvem o ato e as versões humanas e espirituais. A palestra é aberta ao público em geral, que pode interagir com o palestrante.
A Casa da Fraternidade está localizada à Rua Porto da Folha, número 1.236, no Bairro Cirurgia, em Aracaju.
A Eutanásia
A eutanásia representa atualmente uma complicada questão de bioética e biodireito, pois enquanto o Estado tem como princípio a proteção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado precário de saúde, desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a morte.
Independentemente da forma de eutanásia praticada, seja ela legalizada ou não, tanto em Portugal como no Brasil esta prática é considerada ilegal. Ela é considerada um assunto controverso, existindo sempre prós e contras – teorias eventualmente mutáveis com o tempo e a evolução da sociedade, tendo sempre em conta o valor de uma vida humana.
A eutanásia pode ser dividida em dois grupos: a “eutanásia ativa” e a “eutanásia passiva”. Embora existam duas “classificações” possíveis, a eutanásia em si consiste no ato de facultar a morte sem sofrimento a um indivíduo cujo estado de doença é crônico e, portanto, incurável, normalmente associado a um imenso sofrimento físico e psíquico.
A “eutanásia passiva” por sua vez, não provoca deliberadamente a morte, no entanto, com o passar do tempo, conjuntamente com a interrupção de todos e quaisquer cuidados médicos, farmacológicos ou outros, o doente acaba por falecer. São cessadas todas e quaisquer ações que tenham por fim prolongar a vida. Não há por isso um ato que provoque a morte (tal como na eutanásia ativa), mas também não há nenhum que a impeça (como na distanásia).
Por Paulo Sousa/CajuNews