O local promete uma viagem pela história de Zé Peixe, o espaço cultural e turístico que leva o nome do prático será inaugurado nesta terça-feira (19), às 17 horas. O prédio promete fortalecer o turismo no Centro da capital e vai oferecer aos visitantes, além do acesso a peças e fotografias que fizeram parte da história do ícone sergipano, a oportunidade de encontrar vários ambientes em um só lugar.
A obra recebeu um investimento de R$ 1.268.361,98 na revitalização do antigo Terminal Hidroviário, que passa oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência, lojas de artesanato, espaço de contemplação ao rio Sergipe, café, lanchonete, balcão de informações, hall, administração.
Obra
O espaço possui dois pavimentos, um superior e um inferior. No inferior, terá loja de artesanato sergipano, apoiado pelo Núcleo de Apoio ao Trabalho – NAT, Café do Zé, um Ponto Banese, loja de doces caseiros da terra.
Na parte superior, terá um espaço reservado para o Memorial Zé Peixe e sua trajetória de vida, exposição de painéis do artista plástico Elias Santos, como também um busto de bronze do homenageado e ainda o Tototó Restaurante que vai servir café da manhã nordestino e almoço gourmet. O espaço atende também aos critérios de acessibilidade com banheiros, rampas e elevador para deficientes.
A área estava sem uso desde a desativação do terminal hidroviário. O governo promoveu a recuperação estrutural do imóvel utilizando um piso de alta resistência. A laje da cobertura foi impermeabilizada, foram implantados sistemas de combate a incêndio e de proteção de descargas atmosféricas e novas instalações hidro-sanitárias, elétricas e de lógica. Foram instaladas esquadrias de alumínio com vidro e o prédio recebeu nova pintura.
Zé Peixe
José Martins Ribeiro Nunes, ou Zé Peixe, nasceu e viveu em Aracaju e foi o mais importante prático de Sergipe. Em 1938, o Capitão-de-Corveta da Capitania dos Portos de Sergipe, Aldo Sá Brito de Souza, lhe colocou o apelido de “Zé Peixe”.
Em 1947, foi admitido na Marinha como prático, cuja função é receber navios em alto mar e guiá-los até o porto e, na saída, conduzi-los até onde for possível seguir com segurança. Ficou famoso pelo modo único de executar essa atividade. Ao invés de se dirigir aos navios com lanchas, nadava até eles; quando estes retornavam para alto mar, saltava de alturas e voltava a nado para terra firme. Chegava a nadar até 13 km. Seus feitos heroicos, seu vigor físico, sua maneira de trabalhar e seu modo simples de viver lhe conferiram fama internacional. Foi agraciado com vários prêmios e medalhas como a medalha ao mérito em ouro do Rio Grande do Norte; a Medalha Almirante Tamandaré (homenagem prestada pela Marinha do Brasil por seus dedicados anos de trabalho). Em 2009, já enfermo, solicita à Marinha seu afastamento definitivo da praticagem.
Com informações do G1, em Sergipe