As representações folclóricas sergipanas: Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira, Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso, já começaram a ser montadas no último sábado (03), no Largo da Gente Sergipana. Na oportunidade, o governador Jackson Barreto, acompanhado do presidente do Banese, Fernando Mota, foi conferir de perto o encaixe das esculturas. A obra do Largo da Gente avança pelo Rio Sergipe na faixa concentrada em frente ao Museu da Gente Sergipana. O Largo da Gente será entregue à população no dia 16 de março.
“Eu acho que essa vai ser a obra que irá marcar muito a nossa cidade. É o mais belo presente de Aracaju no seu aniversário. Vai ser a marca de Aracaju, para o Brasil e para o mundo. Vai projetar muito a nossa cultura popular, oferecer a oportunidade para se discutir a origem e a nossa raiz popular, nas suas diversas manifestações. Quem ama Aracaju quer vê-la cada vez mais bela. O Largo homenageia e celebra a origem e a raiz da nossa cultura popular. Estou extremamente feliz pela beleza da obra, pelo trabalho de Ézio, do Banese e o trabalho de Tati Moreno. No passado, fez-se uma obra para receber o imperador. No presente, nos entregamos um monumento à cultura para homenagear o povo em suas diversas manifestações”, disse o governador Jackson Barreto.
Concebido pelo arquiteto e urbanista Ézio Déda, o Largo se propõe a ser um monumento de celebração da cultura popular do estado. Além de um píer, de uma área de convivência e de um atracadouro, o espaço abrigará oito esculturas de representações folclóricas sergipanas: Lambe Sujo e Caboclinhos, Chegança, Cacumbi, Taieira, Bacamarteiro, Reisado, São Gonçalo e Parafuso.
Para Ézio Déda, a montagem é um processo complexo que envolve uma equipe multidisciplinar, na parte da arte, arquitetura e engenharia. “Estamos na etapa de montagem, na qual a obra artística chega e tem que ter a ligação com a infraestrutura de apoio. Após concluirmos essa etapa de instalação, que deverá durar dois dias, só ficará faltando a parte de urbanização”, explicou.
De autoria do artista plástico Tati Moreno, as imagens estão sendo instaladas com vigas metálicas, dando a quem observa a impressão de que flutuam acima do espelho d’água. O projeto é inspirado nas esculturas dos Orixás localizadas no Dique do Tororó, em Salvador, na Bahia, que foram concebidas pelo próprio Tati Moreno. Confeccionadas em fibra de vidro e resina de poliéster, cada escultura tem 7m de altura.
Segundo o artista, foi montada uma grande operação para o encaixe das esculturas ao espaço do Largo. “Este é, sem dúvidas, o momento de maior atenção para que tudo saia como planejado. Par mim, é um momento de muita felicidade ver este projeto se concretizando. Depois de meses executando as esculturas, juntamente com meu parceiro Felix Sampaio, fico emocionado. Quero dizer aos sergipanos que eles têm um cultura muito grande que é trazida neste grande projeto. Estamos realizando o descobrimento para o mundo do grande folclore sergipano. Então, o Museu da Gente Sergipana completa um sonho, agora, na formação da cultura. Esse conjunto será conhecido mundialmente, eu tenho certeza”, destacou Tati Moreno.
O projeto é uma realização do governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (Seinfra), da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop), do Instituto Banese e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). No total, estão sendo investidos R$ 6.425.530,80.
Detalhes técnicos
A ideia do projeto do Largo da Gente Sergipana nasceu antes mesmo da inauguração do Museu da Gente Sergipana, entregue em 2011. A concepção busca referências em monumentos como o Big Ben (Londes), a Torre Eiffel (Paris), a Estátua da Liberdade (Nova York) e o Cristo Redentor (Rio de Janeiro), além dos Orixás (Salvador).
Tendo como apoio as instalações do Museu da Gente Sergipana, o Largo dispõe de mais de 100 vagas de estacionamento disponíveis, além do Café da Gente e da loja. O espaço conta com suporte de vigilância 24h e com equipe de limpeza e manutenção. A obra compreende, também, a implantação de uma faixa de desaceleração e acesso para veículos para permitir a acessibilidade entre o Museu e o Largo e a instalação de um novo piso, da iluminação cênica e dos itens de paisagismo.
O projeto foi iniciado já contando com todas as autorizações e licenciamentos necessários. Para tanto, foram necessárias liberações da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), da Capitania dos Portos, da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), da Agência Nacional de Águas (ANA), do Conselho Estadual de Cultura e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Tais autorizações compreenderam o projeto arquitetônico e de urbanização, o estudo das marés, a sondagem de solo para o projeto estrutural e os estudos elétricos e luminotécnico.
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Por ASN