As aulas na rede estadual de ensino já estão sendo ofertadas no modo 100% presencial em todos os níveis, etapas, anos/séries e modalidades. A autorização veio por meio da publicação da portaria nº 4.507/202, expedida pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), a qual estabelece normas e diretrizes para a conclusão do ano letivo de 2021 das escolas estaduais, em caráter excepcional, em face da pandemia da covid-19. Nesta segunda-feira, 8, as unidades realizaram diversas ações de acolhimento, visando recepcionar o estudante para essa nova fase de retomada.
O Colégio Estadual Manoel Alcino do Nascimento, localizado no município de Graccho Cardoso, está com todos os seus alunos em sala de aula. A diretora da unidade, professora Ana Carla Barros do Bonfim, declarou que as ações de retorno sempre foram muito bem aceitas pela comunidade escolar. “A adesão foi muito positiva porque era um desejo dos pais e dos estudantes. Essa mobilização começou no dia 17 de agosto, quando foi autorizada a retomada segura e gradativa das atividades. Agora, estamos 100% presencial”. Ela ainda informou que a escola tem intensificado a busca ativa para identificar e reconduzir à sala de aula o aluno que não está comparecendo à escola.
De acordo com a portaria da Seduc, as escolas públicas estaduais já podem retomar as aulas 100% presenciais nos diferentes níveis, etapas, anos/séries e modalidades, observando o protocolo sanitário estabelecido pelas autoridades locais, pela Seduc e instituições escolares. No entanto, aos estudantes que estiverem, comprovadamente, inseridos no grupo de risco ou amparados pela legislação vigente, deve ser oferecido atendimento remoto integral, assegurando o direito às atividades, sem prejuízo nas avaliações de aprendizagem.
Na Escola Estadual Rotary Clube, em Lagarto, as aulas desta semana iniciaram-se com acolhimento. “Hoje foi um dia maravilhoso e de muita alegria para nossa escola. Aguardamos com ansiedade esse momento de estarmos todos juntos novamente”, frisou a diretora Eliete Cezar Pontes Prata, destacando a importância da retomada. “Esse retorno 100% presencial é de suma relevância para a parte social da vida escolar do estudante. É na escola que ele aprende a conviver em grupo, conhece sobre relações interpessoais, entre outros pontos que contribuem para o seu desenvolvimento”.
O retorno
Segundo o superintendente executivo da Seduc, José Ricardo de Santana, os pontos de atenção deste novo momento para a comunidade escolar são o resgate dos estudantes que não conseguiram acompanhar as aulas remotas, por meio de uma busca ativa escolar, e, consequentemente, o reforço de aprendizagem que será empreendido em cada uma das escolas; e a priorização das reuniões de conselho de classe.
“Diante do retorno presencial, é importante realizar a busca ativa escolar para trazer de volta aquele estudante que não conseguiu participar das aulas remotas. Nós da Seduc temos de fazer um acompanhamento da aprendizagem, e a ênfase nas escolas é para que façam também o movimento de reforço escolar. Para isso é preciso que haja participação dos estudantes no regime de progressão continuada. Uma vez que as escolas estão abertas, o aluno tem acesso. Com a participação efetiva dos alunos é possível ter a progressão continuada ano a ano”, relatou José Ricardo.
Ainda sobre o acompanhamento da aprendizagem, o superintendente reafirma a importância de, concomitantemente às ações de reforço escolar, as unidades de ensino deverão priorizar as reuniões do Conselho de Classe, cuja realização deve acontecer a cada bimestre, acompanhando o desempenho dos estudantes em sua integralidade, considerando as condições para realização das atividades, bem como realizar a reunião do Conselho de Classe ao fim do ano letivo, analisando coletivamente a situação de cada aluno.
“É necessário que os alunos retornem presencialmente e que eles participem efetivamente para que garantam o seu aprendizado. É fundamental também que a escola acompanhe com os conselhos de classe para que esse aproveitamento do aluno seja de fato um aproveitamento que consiga gerar um bom fluxo para a escola e para a rede”, concluiu o superintendente José Ricardo de Santana.
As unidades escolares que ofertam o Ensino Fundamental e o Ensino Médio ficam dispensadas da obrigatoriedade do cumprimento dos 200 dias letivos, podendo finalizar o ano letivo em curso após o cumprimento das 800 horas mínimas, conforme legislação educacional vigente. Já as escolas-piloto que implementaram o Novo Ensino Médio deverão cumprir a carga horária mínima de 1.000 horas, e as unidades de ensino que ofertam o Ensino Médio em Tempo Integral-EMTI deverão cumprir no mínimo 1.400 horas.
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Fonte: Agência Sergipe de Notícias