A forma violenta que a Guarda Municipal de Aracaju (GMA) agiu contra os ambulantes na manhã de ontem, foi condenada pelo líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), Emmanuel Nascimento. O parlamentar disse que a GM agiu contra a pobreza, agredindo, algemando e humilhando os trabalhadores, por isso, presta solidariedade aos ambulantes.
“A Guarda já escolheu suas vítimas, são os ambulantes de Aracaju, nos quais prendem, algemam e batem. Quero deixar aqui a minha solidariedade as famílias que foram agredidas ontem pela manhã, agredidas pelo Poder Público Municipal. Agiram contra a pobreza, contra os trabalhadores, maltratando e humilhando. Espero que a GM a partir desse exemplo, seja mais carinhosa, seja dura, eficiente, mas carinhosa”, pede.
O parlamentar lamentou ainda o tratamento que o comandante da Guarda deu aos ambulantes. Nascimento culpa, ainda, a administração municipal pela situação, pois o que a Prefeitura fez foi retirar os ambulantes das ruas sem ao menos encontrar uma solução para o problema, sem discutir com os principais interessados.
“O comandante da Guarda Municipal agiu como verdadeiro jagunço, e ele não pode agir dessa forma, tem que coordenar e orientar. O governo municipal é culpado por essa situação pois deveria ter discutido, avaliado, para encontrar uma solução melhor. Mas a solução da Prefeitura foi fechar a rua Itabaiana e espancar os ambulantes. Eu vi com esses olhos que a terra há de comer, e nós não podemos admitir. Vim pedir a essa Casa apoio e clemência para esse povo que sofre tanto, e no dia que vem reivindicar, é recebido a pauladas pela Polícia Militar e Guarda”, repudiou.
Ainda em seu discurso, Emmanuel pediu que os ambulantes fossem tratados como trabalhadores e não como marginais e lembra que existem pessoas que estão há mais de 20 anos nessa profissão, o meio de sobrevivência de milhares de pessoas. “O ambulante é trabalhador e ontem foi maltratado pelo poder público. Presto a minha solidariedade aos companheiros que estavam lá. A situação deles não é fácil, não estou aqui apoiando que ocupem as ruas, mas precisam ser tratados com dignidade. Quero deixar meu repúdio e protesto contra as ações de ontem, se esse fosse um País diferente, o comandante da Guarda iria embora, seria demitido pelo prefeito, porque não é assim que tem que agir contra trabalhadores”, diz.
Grecy Andrade, da Assessoria de Imprensa