Nas últimas horas foi anunciado em diversos meios de comunicação que o prefeito João Alves irá reduzir o valor da passagem de R$ 2,45 para R$ 2,35. A razão desse posicionamento foi a redução à zero das alíquotas de PIS e Cofins realizada pelo governo federal no dia 31 de maio.
Por mais que esse fato pareça uma vitória das pressões populares, na realidade não passa de uma falácia do prefeito para enfraqueceras lutas do Movimento Não Pago.
De acordo com o economista Demétrio Varjão “coma exclusão dos impostos no cálculo da tarifa, a prefeitura sanou apenas uma das graves irregularidades contidas na planilha de custos da SMTT. Vale lembrar que mesmo com um valor de R$ 2,35, o cálculo tarifário continua incluindo custos inexistentes, sem os quais o valor tarifário real seria R$ 1,92”.
Continua a inclusão de custos com protetor de câmara de ar, quando na verdade a frota de veículos de Aracaju se utiliza de pneus com tecnologia sem câmara de ar.
Continua a inclusão de gastos com salários de cobradores em micro-ônibus e micrões, sendo que nesses veículos só há um motorista realizando as duas funções.
Continuam também a existência de preços superfaturados de pneus e combustível, além de super salários para o pessoal administrativo das empresas de ônibus, que, segundo a planilha da SMTT, chegam a receber mais de 11 mil reais mensalmente, junto a um ticket alimentação de R$ 2.098,80.
Portanto, o movimento Não Pago reafirma que mesmo que o poder público municipal tente desviar o foco sobre as fraudes na planilha da SMTT, a população deve continuar mobilizada na luta por uma real redução da tarifa, R$ 1,92.
Exigimos que o prefeito João Alves se pronuncie sobre as irregularidades, e que o poder judiciário haja com agilidade no julgamento das fraudes do cálculo tarifário.
Da Assessoria de Comunicação