O secretário nacional de Finanças do PT, Márcio Macêdo, participou, em Fortaleza (CE), na sexta-feira (25), da plenária de novas filiações e reunião preparatória para as eleições de 2016 no Estado. Márcio representou a Direção Nacional da legenda no ato. Em sua mensagem aos petistas cearenses, ele fez uma análise da conjuntura política e econômica atual, defendeu a soberania da Petrobras e a manutenção do modelo de partilha e expressou repúdio à agressão sofrida pelo coordenador do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, na cidade no início da semana.
O secretário do PT disse que o país passa “por um momento delicado”, diante da crise econômica. Mas, ponderou ele, somente “parte dessa crise é real”. “A outra parte é sabotagem das elites, de uma parcela da grande mídia e de setores do mercado brasileiro”, disse.
“A parte real é consequência da crise de 2008, que balançou o mundo, e que só agora chegou para valer ao Brasil. As políticas dos governos Lula e Dilma, que focaram em transferência de renda, programas sociais e que criaram um mercado de massas fizeram com que o Brasil liderasse o continente, permitiram ao país segurar a inflação, aumentar o seu crescimento, estimular o crédito, retirar milhões de pessoas da miséria e gerar uma nova classe média. Foram medidas que levaram justiça social e transformaram o Brasil na potência econômica que é hoje”, destacou.
Essas iniciativas, frisou Marcio Macêdo, “retardaram a chegada da crise”. No entanto, ele ressalvou que “agora a situação econômica chegou a um momento de fragilidade”. “Estamos vivendo uma crise que atinge o mundo inteiro. É uma crise do capitalismo”, frisou.
Ainda assim, o secretário disse acreditar que os ajustes realizados pelo governo federal darão as condições para superar o quadro atual. “Os ajustes não podem ser o centro do debate, nem o modelo para os quatro anos de governo. Vencido este momento, com os ajustes dando resultados reais para o equilíbrio econômico e o controle da inflação, o governo da presidente Dilma poderá dar sinalização de novas ações e retomada do crescimento”, ponderou.
Márcio condenou ainda as tentativas de golpismo contra a democracia brasileira. “Aqueles que perderam as eleições no ano passado ainda não aceitaram o resultado e querem chegar ao comando do país no tapetão. Temos que ter clareza que a situação não é simples. Tenho consciência da dificuldade política, mas temos que encontrar o passo e sair da crise. Há um golpe em gestação, a partir das instituições. Há um processo de criação de um estado de exceção dentro do Estado Democrático de Direito. Querem o impeachment da presidenta, que foi legitimamente eleita. Precisamos nos preparar para resistir democraticamente nas ruas. A agonia deles é que perderam quatro eleições seguidas e quando olham no horizonte enxergam Lula se aquecendo”, disse.
Sobre a Petrobras, ele disse que é preciso ter clareza “de que uma coisa é combater a corrupção, praticada por alguns funcionários da empresa – e isso já está sendo feito, outra coisa, totalmente diferente, é a tentativa de privatizar a empresa e retirar dos brasileiros os benefícios do pré-sal”. Márcio condenou também o ato de agressão praticado contra o líder do MST e, em nome da Direção Nacional, parabenizou o Diretório do PT no Ceará pelo apoio dado a Stédile.
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Da Assessoria de Imprensa