O fim de tarde dessa sexta-feira (6), véspera do feriado da Independência do Brasil, foi marcado por muitas movimentações políticas, na capital e no interior do Estado, mas com um destaque principal para o anúncio de que o governador Fábio Mitidieri (PSD) teria “escalado” seu “Casa Civil” Jorginho Araújo (PSD) para que ele pudesse reassumir, imediatamente, seu mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa para assumir a coordenação da campanha de Luiz Roberto (PSD), para a prefeitura de Aracaju. O texto é do jornalista
Habacuque Villacorte.
Em síntese, o cenário é de um Luiz Roberto que vem pontuando muito abaixo do esperado nas mais recentes pesquisas, sendo ultrapassado por Candisse Carvalho (PT), chegando a “amargar” a quarta colocação na corrida eleitoral, o que seria “trágico” para quem tem o apoio do atual prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), e do governador do Estado. Aliados tentavam minimizar o constrangimento dizendo que o gestor da capital tem “aprovação das ruas”, mas que não se sabia as razões para ele não conseguir “transferir” essa “popularidade” e esse “carisma” todo…
Não é de agora que este colunista vem alertando sobre os inúmeros problemas da atual administração municipal, registrados na Saúde, na falta de mobilidade, no crescimento desordenado sem a revisão do Plano Diretor, sem um transporte coletivo de qualidade, com obras prometidas inacabadas ou que nem saíram do papel, com números nada satisfatórios na Educação e na Assistência Social, além de outras mazelas que nem com muito empenho do marketing vão conseguir “camuflar” em plena campanha eleitoral, no rádio e na televisão…
A verdade? O clima é de “fim de feira”, de fim de gestão! Muitos aliados do prefeito de Aracaju já ameaçam “jogar a toalha”, já não acreditam numa mudança tão grande de cenário até 6 de outubro, muito também porque o candidato (Luiz Roberto) é pouco propositivo e só promete “dar continuidade” ao modelo atual que, com todo respeito, está sendo reprovado por boa parte da população. E, agora, faltando um mês para a eleição municipal, com o projeto como um “barco à deriva”, para evitar o “naufrágio”, a solução encontrada: Jorginho Araújo!
Na prática a mensagem é que o agrupamento parece não apostar mais no potencial de Edvaldo Nogueira, que está sendo “rifado” publicamente, sendo retirado da coordenação da campanha para que Jorginho encare uma verdadeira “prova de fogo”, ficando responsável em ter que reverter as “vantagens” de Emília Corrêa (PL), Yandra Moura (União) e Candisse Carvalho que pontuam melhor que Luiz Roberto. Mas ainda tem outro problema: Jorginho (leia Casa Civil) é tão questionado quanto Edvaldo quando o assunto é articulação política!
É bem verdade que o auxiliar do governador ainda é muito jovem e tem uma trajetória longa pela frente e nem se compara diante de um Edvaldo, que já está no comando da PMA pelo quarto mandato, mas ambos têm uma semelhança: não são muito “acessíveis” da classe política, principalmente dos aliados, que não escondem a insatisfação nos bastidores do Poder. Na política tudo é possível, mas ao substituir Edvaldo por Jorginho, o bloco governista demonstra que vai para o “tudo ou nada” para tentar eleger Luiz Roberto. Desse jeito a “turma do sítio” segue rindo à toa…
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Texto produzido pelo jornalista Habacuque Villacorte e publicado originalmente no Portal Panorama Sergipe