O senador Eduardo Amorim, um dos médicos no Parlamento, participou do 4º Congresso da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor (Sobramid) de 7 a 9 de julho em Campinas (SP). Neste domingo, 9, ele palestrou sobre Dor Social no encerramento do evento. A grade científica contou com mais de 50 atividades, apresentações de 13 palestrantes estrangeiros e a realização de nove cirurgias.
Anestesiologista especializado em dor, o parlamentar afirmou que voltar a Campinas é sempre muito especial. “Morei em Campinas por alguns anos, foi uma oportunidade de rever amigos e mestres”, disse ao explicar que a Dor Social não poderia ficar de fora do contexto do Congresso, que é um evento importante com participação de médicos do Brasil e do exterior. “O objetivo é que a reflexão da Dor Social seja aumentada e que as pessoas tenham discernimento desse tipo de dor”, explicou.
Segundo Eduardo Amorim, as principais referências em Algologia estiveram reunidas discutindo dor craniofacial, do câncer, cervical e lombar, e também o impacto social causado pela dor e a própria dor social. “É um evento internacional, onde colegas da Medicina estiveram trocando experiências sobre dor, sobre o que tem de mais recente, tanto no que diz respeito ao conhecimento quanto a equipamentos. É uma grande satisfação participar como palestrante e como congressista em meio a meus mestres e nomes como por exemplo do Dr. Luis Afonso Moreno Cuartas, um dos meus professores na Espanha, em minha especialização em Algologia”, explicou.
Dor Social
“Dor é sofrimento, chamo a atenção pelo sofrimento social e coletivo. Uma analogia à medicina com contribuições para a sociologia, o direito e até mesmo ciências políticas, mostrando a falta a ineficiência das políticas públicas, embora estejam garantidas na nossa Constituição Federal. A Dor Social não atinge apenas a um indivíduo, ela atinge a milhões de pessoas”, disse Eduardo.
Em sua explanação sobre o tema, o senador afirmou que “após quase 30 anos da Constituição Cidadã, instrumento indiscutivelmente de fundamental importância à consolidação do Estado Democrático de Direito no Brasil, verifica-se, infelizmente, que muitas das aspirações idealizadas pelo legislador constituinte, em especial as questões dos direitos ditos sociais, insculpidos no Título VIII da Carta de 1988 ainda batalham por efetividade”.
“O único remédio de tratar a Dor Social são as nossas escolhas. Não temos direito de desistir. Engana-se quem pensa que a miséria e a pobreza nascem do nada. Elas são um alerta de que alguma coisa vai mal no tecido social”, disse o senador ao detalhar, por exemplo, que o brasileiro trabalha mais de 150 dias por ano para pagar seus impostos e que o Brasil perde 23.565 leitos do SUS em cinco anos.
Entre os temas dos palestrantes estiveram ‘Controle da dor oncológica baseado em evidências’, ‘Novas abordagens para a estenose espinal’, ‘O sistema nervoso autônomo como alvo de dor lombar’, ‘Diagnósticos diferenciais em cefaleias’, ‘Medicina regenerativa e USG’, ‘Dor social’, ‘Uso da toxina botulínica no manejo de cefaleias’, ‘Anatomia craniofacial aplicada para médicos intervencionistas’.
Maternidade de Campinas
Na manhã da última sexta-feira, 7, o senador Eduardo Amorim visitou a Maternidade de Campinas onde teve a oportunidade de reencontrar diversos ex-professores e colegas da Medicina. “É um momento emocionante poder voltar e lembrar do tempo em que fiz residência nesta unidade. Encontrei mestres e colegas para lembrar o tempo onde o desprendimento e o altruísmo faziam parte do dia a dia dos plantonistas e residentes”, afirmou Eduardo Amorim.
A Maternidade de Campinas é uma Instituição Filantrópica, sendo reconhecida de Utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal. Cumpre até hoje o fiel compromisso de atendimento à população, sendo que 64% de seus usuários são pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Ascom/Eduardo Amorim