O ex-senador Eduardo Amorim, que é médico do SUS, criticou a decisão do governo federal de reduzir mais de R$ 290 milhões do valor reembolsado aos hospitais por procedimentos e materiais usados no Sistema Único de Saúde. A portaria do Ministério da Saúde tem 50 dispositivos, a maioria usados em cirurgias cardiovasculares, como marca passos e desfibriladores.
“É com muita tristeza que vejo cortes orçamentários no nosso SUS, que demonstrou durante a pandemia sua importância e capacidade, atendendo a pobres e ricos nos diversos cantos do Brasil. Por outro lado, hoje em dia é inaceitável vermos fazer uma cirurgia de vesícula, por exemplo, pelo SUS, de forma aberta, onde o pós-operatório é muito mais doloroso e difícil”, reclamou.
Segundo a Abraidi (Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde), com o reembolso menor, o fornecimento de alguns dispositivos para o SUS deve se tornar inviável, principalmente para hospitais que compram produtos somente com repasses do governo federal.
Eduardo Amorim lembrou que no ano de 2003, quando foi secretário de Estado da Saúde, comprou equipamentos para cirurgias de vídeo para os hospitais regionais e para o João Alves. “Infelizmente a ideia não foi continuada”, lamentou.
Quer receber as principais notícias do SE Notícias no seu WhatsApp? Clique aqui.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram
Assessoria de Imprensa