Matéria postada originalmente no Jornal da Cidade, edição desta quinta-feita(21).
Continuando a rodada de entrevistas com os candidatos ao Governo do Estado, a TV Sergipe recebeu ontem, no SE TV 2ª Edição, o senador Eduardo Amorim (PSC). Seguindo a linha das demais entrevistas, perguntas polêmicas e temas duros deram o tom. Amorim foi questionado sobre o processo que responde no STF, relativo ao tempo em que foi secretário de Saúde; sobre censura, onde uma série de processos judiciais pede que seu nome não seja citado pela imprensa; e sobre o papel que seu irmão, Edvan Amorim, terá num possível governo. Amorim disse que não terá irmão atuando como secretário.
Questionado sobre as ações judiciais que moveu contra a imprensa, visando impedir que seu nome seja citado, Amorim disse que não se trata de censura e que respeita a imprensa – procurando a Justiça apenas quando ele ou a família são agredidos ou quando têm a honra ferida. Na réplica, o entrevistador perguntou se não seria mais lógico pedir o direito de resposta ou indenização, ao invés de tentar impedir a citação do seu nome, ao que Amorim respondeu que faz isso, mas não controla as decisões judiciais.
O candidato também foi instado a responder sobre o fato de ter sido afastado do comando da Secretaria Estadual da Saúde após escândalos, sendo que ele ainda responde a processo no STF, onde é pedido o ressarcimento de R$ 18 milhões. Amorim disse que não se trata de processo e sim de um inquérito. De acordo com ele, o Ministério Público Federal não apurou nenhum problema envolvendo agentes públicos. “Eu tenho a consciência tranquila, porque se trata de uma aquisição que teve o parecer do Tribunal de Contas do Estado”, disse ele.
Logo depois, o jornalista afirmou que há forte presença do irmão de Eduardo, Edvan Amorim, nas decisões tomadas pelo candidato. Lembrou que pesam sobre Edvan o envolvimento em escândalos como o do Banestado, onde ele é acusado de usar laranjas, e que ele ainda responde a ações judiciais em outros Estados. Depois, questionou qual seria o papel dele em um possível governo do PSC. Eduardo Amorim respondeu que costuma sempre ouvir as pessoas, inclusive seu irmão, mas ressaltou que ninguém nunca o obrigou a nada. “No governo quem vai agir é minha consciência e os princípios que guiam todos os meus passos”, concluiu, pedindo o voto da população, com a intensão de mudar Sergipe e tratar com zelo e responsabilidade aquilo que é público.