Dois pacientes que estavam internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) morreram nos últimos dois dias e de acordo com a gerente do Controle de Infecção Hospitalar, a infectolologista Iza Lobo, os pacientes estavam infectados com a bactéria resistente KPC.
Ainda segundo a infectologista, no momento 12 pacientes estão contaminados sendo que 9 estão colonizados, ou seja: têm a bactéria no organismo, mas não apresentam sintomas e outros três pacientes já estão com a infecção e o estado deles é considerado grave.
O Huse possui duas Unidades de Terapia Intensiva com 58 pacientes e elas estão isoladas. A infectologista Iza Lobo, disse também que essa situação é esperada em realidades de hospitais de alta complexidade, como o Huse e que a higienização do hospital foi reforçada.
O Diretor Clínico do Huse, Marcos Kruger, informou que a bactéria se multiplica em ambiente hospitalar. Em um paciente contaminado provoca febre alta e baixa a pressão arterial. Outro sintoma é o suor frio e em poucos dias, se não for tratado, o paciente entra em coma e morre.
“Tudo está sendo monitorado e a medida que forem surgindo novas informações, estaremos tomando as providências necessárias para que o quadro desses pacientes não se agrave”, diz o coordenador.
O coordenador pede à população que por enquanto evite procurar o Huse até que o problema seja solucionado. “Ela é uma bactéria perigosa, pode matar e a superlotação é um dos fatores que podem agravar a situação e nós queremos evitar, seguindo os protocolos de segurança e melhorando a atual situação”, finaliza.
Bactéria resistente
Uma bactéria resistente foi detectada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e para não contaminar os demais pacientes, os infectados foram isolados e duas Unidades de Terapias Intensivas (UTI’s) foram interditadas.
A ‘klebsiella’ ou KPC é uma bactéria resistente a muitos remédios e foi encontrada em três pacientes infectados na UTI do Hospital de Urgência de Sergipe. Para não contaminar os outros 64 pacientes das três UTI’s, os infectados foram isolados e segundo o diretor clínico, eles estão recebendo um antibiótico potente para combater a bactéria.
“A bactéria pode provocar um estrago grande e se o paciente não for tratado corretamente pode morrer. Por isso foi necessário isolar a UTI para não contaminar mais pessoas. A bactéria é muito resistente a quase todos antibióticos, mas os pacientes estão recebendo bons resultados com o uso de um deles”, explica o diretor clínico do Huse, Marcos Kroger.
A bactéria ‘klebsiella’ se multiplica em ambiente hospitalar. Em um paciente contaminado provoca febre alta e baixa a pressão arterial. Outro sintoma é o suor frio e em poucos dias, se não for tratado, o paciente entra em coma e morre.
No sábado (6) médicos, enfermeiros e diretores do Huse estiveram reunidos e ficou decidido que as UTI’s 1 e 2 serão isoladas e não receberão novos pacientes. Essa situação de emergência pode durar no mínimo 90 dias.
“Os pacientes que receberem alta dessas UTI’s vão direto pra casa, não poderão ficar internados nas enfermarias para não contaminar os outros pacientes”, explica a superintendente Lícia Diniz.
Com o isolamento de duas UTI’s do Huse por causa da bactéria KPC, a direção do hospital informou que já providenciou uma nova área para a instalação provisória de uma Unidade de Terapia Intensiva.
Ainda de acordo com a superintendente Licia Diniz, os pacientes que estão internados na ala pós-cirúrgica devem ser remanejados para outros hospitais a exemplo dos que ficam nos municípios de Nossa Senhora do Socorro e Estância.
Em relação à Unidade de Tratamento de Queimados do Huse, Lícia Diniz afirmou que o local não chegou a ser contaminado pela bactéria.
Com informações de Fredson Navarro do G1, em Sergipe