A presidente Dilma Rousseff está em Minas Gerais nesta quinta-feira para sobrevoar as áreas afetadas pelo rompimento de barragens de rejeitos de Fundão e Santarém, em Mariana. Dilma já sobrevoou o município e seguiu para Governador Valadares, no Leste de Minas, onde dará entrevista. Depois, a presidente seguirá para Colatina, no Espírito Santo. Dilma chega ao estado uma semana após a tragédia, que já tem oito vítimas fatais registradas. O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, acompanham a presidente.
Além deles, decolaram em Belo Horizonte ao lado de Dilma, o secretário nacional da Defesa Civil, general Adriano Pereira, o governador Fernando Pimentel, o diretor-presidente da ANA, Vicente Guillo, o prefeito de Mariana, Duarte Júnior, e o arcebispo de Mariana, dom Geraldo.
O rompimento das barragens da mineradora Samarco ainda deixa 19 pessoas desaparecidas. Entre elas estão 10 funcionários da empresa e 9 moradores do distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, que foi completamente destruído.
Ontem, a presidente pediu aos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Gilberto Ochh (Integração) que se reúnam com os diretores da Vale e da BHP, donas da Samarco, e as responsabilize pelos prejuízos causados após o desastre. Apesar de a Samarco já ter se comprometido a reconstruir as casas das vítimas atingidas, o governo quer também que a mineradora arque com os custos ambientais e ecológicos decorrentes do rompimento.
Segundo o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, as empresas terão de se encarregar de solucionar o problema de abastecimento de água nas cidades às margens do Rio Doce atingidas pela lama. Occhi afirmou que a Samarco já se mostrou disposta a arcar com as despesas.
Já o Ibama vai multar a Samarco pelo rompimento da barragens. O órgão debate ainda quantas multas serão aplicadas pelo desastre ambiental. O GLOBO apurou que o valor deve superar os R$ 100 milhões.
De acordo com o G1, o juiz Lupércio Paulo Fernandes de Oliveira, da Comarca de Governador Valadares (MG), determinou hoje que a Samarco forneça 800 mil litros de água por dia para garantir o abastecimento do município durante 72 horas. Caso contrário, a empresa pagará multa diária de R$ 1 milhão.
Fonte: O Globo