O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), saiu em defesa dos policiais do estado no episódio que ele classificou de “falta de profissionalismo” de Rita Lee. Para Déda, em entrevista ao Correio, o comportamento da cantora colocou em risco a segurança do público, estimado em 20 mil pessoas.
Testemunha ocular
Eu não tive relato de ninguém. Assisti a todo o episódio no camarote oficial, próximo ao palco, e as minhas duas filhas (de 23 e 30 anos) estavam no meio do público.
Folclore
Num primeiro momento, achei que as críticas faziam parte até do folclore de um artista de rock. Mas a polícia circula entre o público, isso é comum para evitar brigas de gangues e roubos. Num certo momento, ela começou a agredir a polícia, mesmo sem ter havido qualquer prisão. Foi uma atitude perigosa do ponto de vista da multidão que estava lá. Do que eu testemunhei, não havia nenhuma cena que justificasse a atitude dela. Foi um ato completamente reprovável.
Policiais
A primeira manifestação dela era com uma patrulha policial, mas não tinha havido nada. Ela pode ter raiva de haver policial no meio do público, mas como vamos fazer um evento com 20 mil pessoas sem policiamento?
Conduta exemplar
Ela estava incentivando o uso de maconha. O meu medo não era mais a artista falando, era que um jovem daquele empurrasse um policial, acendesse um baseado na frente da polícia. A orientação foi manter a ordem do evento e os policiais agiram de forma louvável, porque não houve nenhum quebra-pau. Eu não poderia impedir a Polícia Civil e a Polícia Militar de registrarem uma ocorrência. A polícia teve uma conduta extremamente profissional.
Espetáculo deprimente
Gosto da música dela, curti a minha vida inteira. Sou fã da música dela. Mas o que vimos ontem (sábado) foi um espetáculo deprimente. (DA)
Correio Braziliense