O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (13) para apresentar uma alternativa ao imbróglio entre Aracaju e São Cristóvão sobre a questão da Zona de Expansão. O deputado sugeriu que a população seja ouvida, através do plebiscito aprovado pela AL, inclusive sobre a possibilidade de se criar um novo município naquela região. Venâncio foi elogiado por vários colegas de parlamento que gostaram da sua proposta.
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Ao fazer seu discurso, Venâncio disse que alguns acham que a Zona de Expansão deve ficar com Aracaju e outros com São Cristóvão, “mas de uma coisa pode ter certeza: fazendo o plebiscito, aqueles habitantes vão preferir, por grande maioria, ficar com a capital. Até porque Aracaju reúne mais condições financeiras para dar assistência do que São Cristóvão”.
Em seguida, o deputado lembrou a participação do prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM), e da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Angélica Guimarães (PSC), que foram decisivos para se realizar um plebiscito na região. “Eles foram decisivos para aquela comunidade. Agora o que nos deixa preocupado é uma decisão judicial determinado que aquela área fique com São Cristóvão. Vai se criar uma insatisfação geral da população”.
“Mas eu tenho uma alternativa: se não puder ficar com Aracaju, vamos defender uma alternativa que vai agradar os moradores que é a criação de um novo município ali naquela área. Passaria a fazer parte da Grande Aracaju e acabava com essa polêmica. Poderiam batizar de Aruanda, São José ou como quiserem”, completou Venâncio Fonseca.
Em aparte, o deputado Antônio dos Santos (PSC) achou louvável a proposta, agora ressaltou que “é bom que se chegue logo a uma solução, a um denominador comum. Porque enquanto há essa demora, mais tempo sofre a população”. Os deputados Antônio Passos (DEM) e Zé Franco (PDT) também apoiaram, mas lembraram que a criação de um novo município também representa perda para os demais. “Acho que o mais sensato seria o plebiscito. A criação de um novo município representa perdas para os demais. Cada um vai perder um pedaço e os prefeitos estão sufocados. Agora não deixa de ser uma alternativa”, disse Antônio Passos.
“Quero me somar e acho uma ideia extraordinária. É mais um leque de opções. Agora concordo com Antônio Passos sobre a geração de despesas e perdas para outros municípios. Mas é uma alternativa e eu defendo que a população defina o que ela quer. Que o povo julgue. Estamos falando de 120 a 130 mil habitantes”, comentou o deputado Zé Franco.
Por sua vez, a deputada Angélica Guimarães disse que “pode ser uma solução, de uma forma ou de outra. Venâncio sempre tem ideias brilhantes. Desde o primeiro momento que recebi os moradores da Zona de Expansão, junto com o prefeito João Alves e o vice José Carlos Machado (PSDB). Aprovamos um projeto de decreto legislativo de nossa autoria promovendo o plebiscito com o povo de Aracaju e São Cristóvão decidindo. É certo que a grande maioria ia querer ficar em Aracaju”.
“Fomos até a desembargadora Aparecida Gama no TRE/SE e ela enviou a proposta para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinar a data do plebiscito. Mas a ministra Carmen Lúcia (STF) está aguardando a tramitação de uma lei federal no Congresso Nacional para autorizar a realização do plebiscito. Houve uma decisão judicial favorável a São Cristóvão, mas Aracaju já recorreu. A gente espera que esses processos seja mais céleres que o povo possa decidir para acabar de uma vez por todas com essa polêmica”, completou a presidente da AL.
Inocentado – Venâncio fez questão de destacar também a decisão da Justiça Federal que inocentou os ex-deputados federais Cleonâncio Fonseca (PP) e Heleno Silva (PRB) de terem participado da operação conhecida nacionalmente como a “Máfia dos Sanguessugas”. Venâncio disse que “foram sete anos de sofrimento, onde o prejuízo emocional e político foi grande. Inclusive aquelas notícias negativas interferiram no resultado da eleição de Cleonâncio Fonseca. Mas graças a Deus a Justiça foi feita”, disse.
Em seguida, Venâncio colocou que a decisão judicial traz um alívio para a família e amigos dos ex-deputados. “Os danos causados politicamente serão irreparáveis, mas, pelo menos, o moral foi reestabelecido. Não tenho dúvidas. Conheço meu irmão e minha família”.
Habacuque Villacorte, da Agência Alese