Delegados de polícia de Sergipe decidiram que paralisarão suas atividades nos plantões realizados nos fins de semana e feriados por falta de pagamento de horas extras. Eles também reclamam de uma possível ausência de transparência por parte da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) sobre os rumos do Projeto de Lei Orgânica da Polícia Civil, prestes a ser encaminhado à Assembleia Legislativa.
“Há mais de dois meses, delegados, agentes e escrivães de polícia estão sem receber as horas extras em questão. E a notícia que recebemos foi a de que no próximo pagamento da categoria, mais uma vez, o valor em atraso não será pago. Por essa razão, os delegados de polícia decidiram paralisar as atividades dos fins de semana e feriados até que a situação se resolva”, destacou Kássio Viana, presidente da Associação dos Delegados de Polícia de Sergipe (Adepol/SE). O pagamento deverá ser efetuado na próxima sexta (27).
“Vale destacar que há delegados com mais de 100 horas para receber na casa, e que até agora nada foi sinalizado nesse sentido. A categoria está indignada com essa situação”, informou a delegada e secretária-geral da Adepol, Josefa Valéria Nascimento.
Sobre a Lei Orgânica da PC, Kássio disse que foi discutida amplamente na comissão formada pela Superintendência da Polícia Civil e encaminhada posteriormente ao governador Marcelo Déda -, ele informou que chegou ao conhecimento da Adepol a notícia de que o documento será totalmente modificado pela cúpula da SSP. “Já tentamos ter acesso, mas não conseguimos. Isso quer dizer que o projeto discutido democraticamente na Superintendência da PC agora está sendo discutido unilateralmente no Governo do Estado”, lamentou.
Outro lado
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, o Governo do Estado, através da Secretaria de Planejamento está trabalhando para viabilizar o pagamento das horas extras. A decisão se justifica, porque vai comprometer os trabalhos da policia, principalmente no interior. Com isso, em casos de flagrantes, a Policia Militar terá que se deslocar para capital.
Portal Atalaia com informações da Assessoria/ADEPOL-SE