por RAÍSSA CRUZ – Universo Político
Governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT). (Ricardo Marques/Folhapress)
Com palavras que expressavam um nítido dissabor pelas críticas dos irmãos senador Eduardo (PSC) e empresário Edvan Amorim, o governador Marcelo Déda (PT) disparou que sua prioridade é encará-los num debate. Destinando críticas específicas para Edvan, classificado por ele como “poderoso chefão”, Déda chegou a pôr em xeque o caráter do empresário. “Edvan Amorim nunca disputou um mandato, nunca teve uma vida política. Ele sempre foi apenas tesoureiro de campanha e empresário complicado, com muitos problemas. Ele não entende de política e não tem caráter suficiente nem integridade para poder atingir uma imagem política que foi construída de baixo para cima”, retrucou o governador.
“Nunca precisei usar da política dele (de Amorim) de talões de cheque. Construí minha vida política pela luta. Eu enfrentei uma ditadura militar quanto mais Edvan Amorim que se comporta em Sergipe como poderoso chefão”, peitou Déda, à nossa reportagem na noite desta sexta-feira, 17, após a passeata da candidatura de Valadares Filho (PSB) em Aracaju.
O governador sustenta que não profere calunias sobre os irmãos Amorim e que, segundo ele, a intenção do grupo do PSC é apenas dominar o Estado. “Esse é o perfil desse grupo. Estamos falando de um grupo político que não tem projeto nenhum para o desenvolvimento desse Estado a não ser tomar a máquina do Estado para interesses próprios. E enquanto eu tiver na vida pública, eu transformei essa como uma das minhas tarefas principais: travar o debate mostrando os destinos de Sergipe”, taxou Déda.
Questionado sobre a motivação para tais declarações impetuosas, o governador Marcelo Déda pontuou: “o que eu não posso é ouvir deles sem responder. Em momento algum caluniei alguém. O que há é que os Amorins estão numa situação delicada. Eles tiveram que adotar a candidatura de João Alves porque não tinham mais candidato em Aracaju. Agora eu não vou de forma alguma deixar de travar o debate que for necessário. Saiba o senador Eduardo Amorim e o seu chefe Edvan Amorim, que a hora que for necessária eles vão ter minha resposta. Sergipe vai saber capítulo por capítulo do perfil de cada político desse grupo”, advertiu Déda.
