O governador Marcelo Déda (PT) recorreu ao Twitter na manhã desta terça-feira (16) para expor sua insatisfação com a nomeação de Roberto Bispo para a Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe (Codise). A posse do novo diretor está agendada para ocorrer às 16h de hoje, em solenidade no Centro de Convenções.
“Jackson nomeou presidente da Codise à minha revelia. Estou triste e decepcionado. Minha saúde não me permite mais do que o desabafo. Não comentarei mais o tema. Devo concentrar-me na minha saúde por recomendação dos médicos e necessidade de preservar minha vida”, afirmou. Jackson tinha conhecimento da insatisfação do governador com a escolha por Roberto Bispo.
A insatisfação de Déda com a nomeação está no fato de Bispo responder a processos por improbidade administrativa. O jornalista Cláudio Nunes publicou notas sobre o tema na edição de hoje do seu blog no Portal Infonet.
As notas:
Como pode? Roberto Bispo não foi condenado em segunda instância?
Recentemente foi publicado neste espaço a aprovação do Congresso Nacional da ficha limpa para o serviço público. Ou seja, qualquer indicado para cargos comissionados não podem ter condenação alguma, mesmo sem ter transitada até o final. E agora, o governador em exercício, Jackson Barreto vai empossar Roberto Bispo, irmão de Luciano Bispo, de Itabaiana, na Codise. Para atender as necessidades partidárias não seria melhor indicar outro nome “Limpo” do grupo?
Condenação
Roberto Bispo foi secretário de Saúde em Itabaiana e é condenado, em segunda instância, na Justiça Federal, por improbidade (segundo dados colhidos ao se pesquisar o nome Roberto Bispo de Lima no site www.trf5.jus.br), ficando, inclusive, proibido de contratar com o poder público.
Exemplo
À decisão cabe recurso, mas não seria este o momento de Jackson dar o bom exemplo e não nomear para tão importante cargo alguém sobre quem pairam acusações tão graves? Como diz a juventude nas redes sociais: fica a dica! E o governador Marcelo Déda? Aprovou essa nomeação “ficha suja”?
por Valter Lima, do Brasil 247