Mais um capítulo na estratégia da cúpula petista para esvaziar o PMDB do vice-governador Jackson Barreto pode se concretizar nos próximos dias. No final de semana, o governador Marcelo Déda convidou o ex-secretário da Casa Civil, Jorge Alberto (PMDB), para assumir o escritório de representação do Governo de Sergipe em Brasília, cargo que era ocupado por Pedro Lopes, hoje secretário estadual de Governo.
A orientação para o convite partiu do trio petista que hoje exerce maior influência junto a Déda: Rogério Carvalho (deputado federal e pré-candidato ao Senado); Márcio Macedo (deputado federal e candidato à reeleição) e Sílvio Santos (atual secretário da Casa Civil e pré-candidato a deputado estadual). No entanto, a ida de Jorge Alberto está condicionada a uma situação: que ele saia do PMDB e se filie ao PRB, comandado por Heleno Silva, prefeito de Canindé do São Francisco (algumas colunas políticas divulgaram essa semana somente essa informação). Com isso, Alberto voltaria a ter força numa eventual disputa à Câmara Federal, já que seu grande sonho é retornar como deputado a Brasília, numa dobradinha com o vereador Jony Marcos (PRB), pré-candidato a deputado estadual.
A intenção do trio é fortalecer ainda mais a influência dos três no Estado e, mesmo que Jackson dispute o governo em 2014, condicionar o apoio do PT à manutenção da atual estrutura, que também envolve cargos na esfera federal. Vale lembrar que o PMDB de Jackson já perdeu a Casa Civil (uma das pastas mais importantes da estrutura administrativa) e mais recentemente o IPES Previdência.
Segundo a fonte que revelou os bastidores da estratégia petista, Jorge Alberto está propenso a aceitar o convite, e já o teria comunicado ao empresário Marcos Franco, 2º vice-presidente estadual da sigla, e seu principal padrinho político. Déda deu prazo até o início de maio para uma decisão do peemedebista, uma vez que o escritório está sem representante desde o início de dezembro do ano passado.