Em conversas com deputados aliados nos últimos dias, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-JR) estava pessimista. Em mais de uma vez, disse que seria preso rapidamente – o que se concretizou nesta quarta-feira (19) – demonstrou preocupação sobre como ficaria sua família.
Numa conversa com um integrante de sua “tropa de choque”, Cunha foi questionado se faria delação premiada. Ele respondeu de maneira econômica: “Prefiro morrer a fazer uma delação”.
Mesmo assim, o interlocutor ficou na dúvida se Cunha aguentará manter essa promessa após meses de prisão.
Até mesmo os aliados mais próximos avaliam que, se houver um aval da Procuradoria Geral da República, Cunha faria uma delação para livrar a família. Mas esses mesmos aliados reconhecem que haverá resistência tanto do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, quanto de investigadores da Operação Lava Jato.
A prisão de Eduardo Cunha é considerada por procuradores uma espécie de símbolo do combate à corrupção. Por isso, procuradores resistem a fazer um acordo de delação com Cunha se ele não tiver a oferecer fatos que agreguem informações novas à investigação.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram.
Informações do Blog do Camarotti.