A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Sergipe (CTB/SE) fará uma campanha de conscientização dos trabalhadores em relação aos assédios moral, sexual e psicológico no ambiente de trabalho. A direção da entidade elaborou um panfleto com todas as informações a respeito dessa problemática que ocorre em empresas públicas e privadas e fará a distribuição desse panfleto para os trabalhadores nos seus locais de trabalho. As visitas terão início na próxima semana, dia 1º de março às 7 horas, com o lançamento da campanha contra o assédio na Almaviva, empresa de telemarketing envolvida em uma série de denúncias de abusos cometidos contra os trabalhadores.
“Nós fizemos diversas manifestações na frente da empresa atendendo solicitações dos trabalhadores que não suportavam mais o assédio praticados na Almaviva. Durante esse período, nós percebemos que muitos trabalhadores ainda não tinham a consciência do que é ou não assédio moral e sexual. Por isso mesmo, decidimos elaborar um panfleto para esclarecer todas as dúvidas”, diz Edival Góes, presidente da CTB/SE. Além da Almaviva, a militância da CTB/SE fará a distribuição do panfleto nas lojas do centro comercial de Aracaju, no dia 2 de março, às 16 horas; e na sexta-feira (4), às 7 horas, na frente da indústria Duchas Corona, no Siqueira Campos. Após essa primeira etapa, a direção da CTB/SE se reunirá para definir quais as outras empresas que serão visitadas.
No panfleto, a Central esclarece que o ambiente de trabalho tem se transformado em um espaço no qual a violência contra as pessoas se manifestam de diversas formas, seja física, moral e psicológica. “Esse assédio contribui para a discriminação no ambiente de trabalho e aumenta muito, principalmente, nos momentos de crise. Mas ele precisa ser combatido e denunciado. As pessoas não podem aceitar isso passivamente, senão elas estarão fortalecendo esse tipo de comportamento”, enfatiza Edival.
O panfleto da CTB/SE mostra ainda os reflexos dessa violência na vida das pessoas e o que se deve fazer ao identificar a prática no seu local de trabalho. Entre as orientações da cartilha estão a necessidade de anotar a data, hora, local e nome do agressor, e a importância de guardar e-mails, bilhetes e ordens escritas que comprovem a prática do assédio moral, sexual ou psicológico. Para Edival Góes, ao elaborar o panfleto a CTB espera contribuir para elevar o nível de consciência dos trabalhadores em relação aos seus direitos e ajudar a romper a barreira do silêncio que, em muitos casos, inviabiliza a denúncia e, consequentemente, impede a punição dos agressores.
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Fonte: CTB/SE