De acordo com o site Plenário, o jornalista recebeu o convite para falar sobre os processos judiciais que o desembargador Edson Ulisses, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe e o Ministério Público Estadual movem contra ele por conta de uma crônica ficcional publicada em seu blog na Infonet (“Eu, o coronel em mim”). O jornalista foi condenado a 7 meses e 16 dias de prisão.
“Os processos e a condenação criminal tiveram enorme repercussão negativa nacional e internacional para o judiciário sergipano e para o Governo do Estado, por conta do absurdo das ações, pelo pré-julgamento, pelo abuso de poder e, principalmente porque rasga a Constituição Federal em uma parte que é um direito consagrado em todo mundo: o da liberdade de expressão”, disse Cristian Góes.
Na semana passada, apesar do juiz Hélio Neto, relator da ação criminal, provar que o processo foi irregular e pedir absolvição imediata de Cristian Góes, outros dois juízes, Maria Angélica e José Anselmo, atenderam à vontade do desembargador e mantiveram a condenação.
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“Os membros da CIDH da OEA leram os processos e a sentença de condenação por crime de opinião e ficaram estarrecidos e por isso a audiência. Infelizmente será uma exposição extremamente negativa para o Judiciário e para o Ministério Público de Sergipe. Isso é péssimo para o Governo de Sergipe e para o Governo Brasileiro. Mas tudo isso é única e total responsabilidade do desembargador Edson Ulisses e de alguns juízes e promotores de Justiça de Sergipe”, acrescentou.
Cristian Góes disse também que vai falar de outros casos de jornalistas processados e condenados em Sergipe por crime de opinião e que vai sugerir aos membros da CIDH da OEA que façam uma audiência pública no Estado, envolvendo as mais diversas entidades da sociedade civil.
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