Por Renato Santino, Olhar Digital
Por enquanto, a empresa oferece apenas um plano pré-pago. Pagando R$ 30, o usuário tem direito a 30 dias de internet. O pacote inclui 1 GB de internet, mas, ao fim da franquia, a empresa diz que não cortará completamente a conexão do usuário e vai apenas reduzir a velocidade. As velocidades podem chegar a até 5 Mbps no 4G, mas, quando o usuário estourar a franquia, as taxas de transferências caem para 32 Kbps.
O pacote também traz algumas outras vantagens interessantes, entre as quais está o uso grátis do WhatsApp, inclusive para realização de chamadas de voz. Além disso, os Correios prometem que, se o usuário renovar o pacote dentro de um prazo, os benefícios não usados de um mês se acumulam para o próximo. Ou seja: em teoria, se usou só 500 MB do seu pacote de 1 GB, você deve ter 1,5 GB de internet no mês seguinte.
Para finalizar, a estatal ainda promete 100 minutos de chamadas para qualquer celular ou telefone fixo de qualquer DDD.
Por enquanto, o Correios Celular está disponível apenas em São Paulo, e os usuários já podem retirar chips em algumas unidades espalhadas pela cidade. A empresa promete que o serviço deve ser expandido para o resto do Brasil, e que até setembro de 2017 estará disponível para 90% da população.
O que é a Correios Celular?
O plano da estatal vem de longa data. O primeiro registro de que os Correios tinham o interesse em tornar-se uma operadora móvel virtual (a famosa MVNO) é de 2014, com a autorização do Ministério das Comunicações para que a empresa começasse a operar dessa forma. A proposta é aproveitar a força da marca dos Correios para alcançar 1 milhão de usuários até o fim do ano.
Como MVNO, os Correios não terão infraestrutura própria. A estatal fechou acordo com a empresa EUTV, também conhecida pelo nome fantasia Surf Telecom, para prestação do serviço. Curiosamente, a Surf também é uma MVNO, que usa a infraestrutura da TIM para operar nacionalmente.
Os Correios prometem simplicidade e clareza na forma como prestam seu serviço. Uma pesquisa da empresa diz que a maioria do público não confia nas companhias, e que não vê clareza sobre como seus créditos são gastos. O objetivo é deixar muito claro quantos gigabytes de dados, quantos minutos de chamadas e quantas mensagens SMS estão inclusas no plano contratado. A empresa também aposta em sua marca, vista como uma das instituições mais confiáveis do Brasil, ao lado da família e do Corpo de Bombeiros, de acordo com Ara Minassian, coordenador do projeto.
Acompanhe também o SE Notícias no Twitter, Facebook e no Instagram