Faltavam algumas horas até sua chegada, mas uma multidão já o aguardava na praça Fausto Cardoso, bem à frente ao Palácio-Museu Olímpio Campos. Mesma praça onde foi empossado governador do Estado por duas vezes. Mesmo palácio que recuperou e reinaugurou em sua gestão.
Era início de noite nesta segunda-feira, 2. Sob os aplausos do povo seu corpo foi conduzido desde o carro do Corpo de Bombeiros até o interior do palácio. Em meio às honrarias militares, o som das ruas era um só: “Olê, olê olê olá…, Dé-da…, Dé-da…”. Foi difícil conter as lágrimas.
“Eu aprendi a gostar de política por causa de Déda”, dizia emocionada a servidora pública municipal Rosana Amaral, 41. Naquele momento lhe passava um filme na memória. Foi ali que acompanhou muitos dos discursos do homem que “falava com o coração”. “Déda para mim é um amor inexplicável”, colocou.
Cada um tinha seu relato, sua lembrança, uma passagem qualquer onde o homem público Marcelo Déda esteve presente. “Ele foi meu governador. Já trabalhei para ele, cozinhando sua comida, e bem sei como era uma pessoa excelente. Igual a ele nunca vai ter”, comentou a telefonista Adna Rodrigues, 57.
A poucos metros dela estava o senhor José Soares de Souza, 54. Há 29 anos funcionário da Deso, ele recorda de seu primeiro contato com Déda. “Ele era deputado estadual, sempre defendeu os trabalhadores. Foi um homem muito honrado. Sergipe jamais esquecerá este nome: Marcelo Déda”.
No interior do Palácio-Museu, uma missa reservada aos familiares deu continuidade às homenagens. Mesmo ao lado de fora, a população seguiu à espera de sua vez. O momento de se despedir do governador cujo legado ficará para sempre na memória dos sergipanos.
Fonte: Agência Sergipe de Notícia