Empregados e patrões estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira na sede da Superintendência Regional do Trabalho em Sergipe para negociar pisos fixos da categoria e abertura em feriados. Com o aumento do salário mínimo em janeiro os pisos dos comerciários, que eram de R$ 585,00 (não especializado) e R$ 600,00 (especializado) desde 1º de maio de 2011, foram absorvidos e a categoria passou a ganhar R$ 622,00.
Na reunião, a Federação dos Comerciários apresentou, além da ratificação da Convenção Coletiva em vigor, a necessidade de antecipação da data base da categoria para janeiro e a unificação dos pisos, principalmente porque os dois pisos existentes já foram absorvidos pelo novo salário mínimo.
A proposta dos trabalhadores é de 9,5% de reajuste sobre o salário vigente em 31 de janeiro deste ano e concessão de um feriado para abertura do comércio. Com esse índice o piso da categoria seria de R$ 681,09 retroativo a 1º de janeiro.
O setor patronal apresentou como proposta um reajuste de R$ 3,00 para o piso não especializado, que passaria a R$ 625,00, e de R$ 13,00 para o especializado que ficaria em R$ 635,00, além de dois feriados para abertura do comércio – 17 de março e 21 de abril.
O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Dieese, esteve presente na rodada de negociação e fez uma explanação sobre o crescimento nas vendas e liquidez do comércio de Sergipe. Segundo Luiz Moura os empresários do comércio tem condições de atender as reivindicações dos trabalhadores.
“Nessa nova proposta dos trabalhadores solicitamos mudança na data base de 1º de maio para 1º de janeiro evitando dois processos de negociação no mesmo ano”, explica o presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe, Fecomse, Ronildo Almeida, acrescentando que a mudança da data base para 1º de janeiro já foi consolidada no município de Tobias Barreto desde o ano passado.
Ronildo Almeida entende que essa proposta traria tranqüilidade e bons resultados para patrões e empregados, ficando a Convenção Coletiva com validade até 31 de dezembro, evitando o desgaste de ambas as partes de ter que negociar duas vezes no ano, uma em função da data base e a outra em decorrência do novo salário mínimo.
A reunião entre trabalhadores e patrões foi mediada por José Fontes Silva, mediador da Seção de Relações do Trabalho. Uma nova reunião ficou marcada para 13 de fevereiro, às 9 h, na sede da Superintendência Regional do Trabalho em Sergipe.
ASCOM FECOMSE