Nesta sexta-feira, 2, aconteceu uma coletiva com o comandante do Comando Geral da Polícia Militar, Coronel Marcony Cabral, sobre o suposto desvio de dinheiro utilizando o cartão de abastecimento de combustível dos veículos da corporação. O comandante destacou o passo a passo das investigações, iniciadas ainda em abril de 2016.
O Ministério Público (MP) está a frente das investigações do caso desde o mês de novembro de 2016. A pedido do corregedor, foi instaurado sigilo por conta de as investigações ainda estarem acontecendo. O comandante geral diz que a conclusão da coronel Valéria, encarregada do inquérito, foi pelo indiciamento de um sargento da Polícia Militar. As investigações foram iniciadas em um inquérito da Delegacia de Repressão a Defraudações e Crimes Cibernéticos.
“Um frentista afirmou que esse sargento teria participação em alguma fraude com ele mas é precipitado de nossa parte dizer se ele fez ou não, qual foi a real participação, porque a investigação ainda está sob sigilo de justiça e está sendo conduzido pelo Ministério Público”, disse o comandante geral.
Ele afirma também que o problema aconteceu pontualmente na área do 5º Batalhão da Polícia Militar. Há uma questão técnica muito forte já que é um sistema que está envolvido, isso está sendo investigado pelo MP, porque ele tem condições para buscar maiores informações.
“Oficialmente tomei conhecimento em maio de 2017 e no mesmo dia tomei a providência de determinar à corregedoria que procedesse ao inquérito policial militar, então a partir daí a corregedoria designou o encarregado para tomar as providências legais e isso está tramitando na justiça”, reforça o coronel Marcony Cabral.
Ao ser questionado sobre o desvio, o comandante afirmou que adotou as providências necessárias e que estará dando todo o suporte ao Ministério Público e Poder Judiciário. “Isso não ocorreu durante a nossa gestão e já que conseguimos ajustar os gastos com combustível. Diante de uma crise como nós vivemos, conseguir desviar um milhão de reais sem que ninguém percebesse é algo que realmente seria de extrema dificuldade”.
O tenente-coronel Edenison, então chefe da PM4, pediu afastamento do cargo até que a situação fosse esclarecida. “Em nenhum momento o nome dele foi citado, é um oficial sério, competente no que faz, até agora não há nada contra ele”, afirmou o coronel Marcony.
Grau de parentesco
Em relação ao parentesco com o Comandante do Policiamento da Capital, o Tenente Coronel Vivaldy Cabral, o comandante explica que todos os oficiais são aprovados por meio de concurso público e que isso não deixa margem para nepotismo dentro da instituição.
“O tenente-coronel Vivaldy Cabral, então comandante do policiamento da capital, substituiu o comandante e permaneceu na função porque seu trabalho rendeu frutos. O fato de ser parente não muda, ele escolheu a profissão de PM como eu, como outras pessoas, o meu pai é coronel da PM da reserva, isso é natural”
O comandante disse ainda que o sistema é constantemente aperfeiçoado, desde que foi implantado, já passou por diversas atualizações, mas está sendo também investigado para saber se houve alguma incongruência que possa ser corrigida. “O sistema funciona no estado todo e não há motivos para se acreditar que é um sistema ineficiente”.
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Por SSP/SE