Depois de exatos 27 dias fora dos microfones radiofônicos, o radialista George Magalhães está de volta ao rádio sergipano. Ele estreia o Programa “A Hora da Verdade” na Rádio 103 FM, na próxima terça-feira, dia 29 de julho. O programa será apresentado de segunda a sexta-feira, das 06h as 09h.
Com exclusividade, a reportagem do Caju News conversou com o âncora do programa jornalístico, George Magalhães, que falou sobre o novo prefixo, mas também sobre sua conturbada saída da Mix FM, emissora integrante do Sistema Atalaia de Comunicação.
O radialista lamentou sua saída da emissora da família Franco e garantiu que tudo aconteceu por motivação política. O apoio de Augusto Franco Neto à campanha do senador Eduardo Amorim teria sido o motivo da demissão do comunicador.
“Foi um tempo curto, porém angustiante: quase 30 dias fora do ar. Fui injustiçado com uma demissão abrupta, quando não deveria ter acontecido. E aconteceu por questões politicas, porque pela parte administrativa estávamos muito bem”, desabafa.
Rebatendo comentários de que teria sido exonerado por não abrir espaço para o grupo dos Amorim, mais precisamente ao senador Eduardo Amorim, George jura que o programa agia com democracia, mas que não poderia forçar o senador a dar entrevista ao programa.
“Nunca foi negado espaço pra ninguém. Chamávamos Eduardo Amorim pra participar e ele não queria. Vou fazer o quê? Pegar a força? Todos sabem que nós sempre abrimos espaço para Amorim e qualquer pessoa que precisasse falar. Ouvíamos todos os lados. Agora, se não querem falar, não posso fazer nada”, explica, acrescentando ter vencido todos os processos movidos pelo grupo Amorim.
“Graças a Deus, até agora vencemos todos os processos. Sei que virão outros ainda, mas os que já foram julgados eu ganhei todos”, comemora.
George também relatou como se deu o processo de demissão da Mix FM. Ele admite ter ficado surpreso com a decisão do empresário Augusto Franco Neto, que teria o demitido por mensagem telefônica.
“Foi de forma surpreendente porque esse não era o perfil dele. Ver ele aliado a Edvan e Eduardo que muito criticavam, me causou uma surpresa muito grande. Se alguém dissesse pra mim que isso teria acontecido, eu não teria acreditado. Ele só me informou do acordo por telefone, quando estava no aeroporto, que eles tinham o convidado, tinha sido feito o convite, mas que o pai tinha feito resistência e que ia acompanhar a decisão do pai. Ou seja, dia 30, às 19h30, tudo certo, não muda na rádio”, relata George, que menos de 24 horas depois teria tomado como surpresa a decisão de Augusto Franco Neto em fazer parte da chapa encabeçada pelo senador Eduardo Amorim.
“Já às 22h, me disseram que ele teria topado e eu comecei a dizer que era mentira, porque foi isso que Augusto tinha me dito. Mas às 10h30, ele mandou uma mensagem dizendo que eu não falasse a questão da vice porque amanhã me explicava. No dia seguinte, disse que estava quase definido e que precisava do aval do pai. No final do dia foi confirmada a candidatura. O pai me chamou e disse que eu continuasse trabalhando democraticamente. No dia 02, às 19h, me ligou Reinaldo, depois Augusto me dizendo que eu extrapolei e resolveu me tirar. Se eu estava extrapolando, porque não tomou essa posição antes do dia 2? Ele sabe que eu não extrapolava. Era um projeto rentável e que dava audiência. Dizer que eu não estava sendo imparcial e que eu pedi pra sair? Isso não é verdade. Demitiram-me por questões políticas. Antes, ele tinha a mesma linha que a minha, éramos bem sintonizados. O período em que eu estive lá foi muito bom”, detalha a demissão.
Na nova casa, segundo George Magalhães, o programa terá a mesma linha editorial, porém, mais cuidadosa por causa do período eleitoral.
“Já me reuni com as proprietárias da 103 FM, Danusa e Jéssica, e o diretor da rádio, Vieira Matos. Deixou transparecer que vamos ter uma vida longa, mas muito, muito promissora. Não é um projeto político, é um projeto empresarial. A linha editorial vai ser flexível por causa do período eleitoral. É a mesma linha do ponto de vista de criticar, mas abrindo sempre o espaço para o contraditório. Temos que ter cuidado por causa da justiça eleitoral, que requer muito cuidado e nós teremos”, conclui.
O programa contará com a participação de repórteres na capital e no interior, além de entrevistados nos estúdios e ouvintes interagindo com o apresentador e os convidados. O programa será transmitido em rede pela 103 FM para sete emissoras afiliadas, sendo seis do interior de Sergipe e uma no interior de Alagoas.
Siga o SE Notícias pelo Twitter e curta no Facebook
Matéria postada originalmente no Portal Caju News