Por Verlane Estácio*
O clima na Câmara de Vereadores de São Cristóvão ficou tenso na noite desta terça-feira, 9, quando o presidente do Legislativo, José Evaldo Santos (PSB), alegou questão de ordem e resolveu encerrar a sessão no momento em que o vereador Geverton da Saúde pediu que fosse analisado um requerimento que revoga o decreto que reduziu o salário dos professores de São Cristóvão. Descontente, a categoria realizou um ato na frente da sede do Legislativo sancristovense.
Questão de ordem é quando há dúvida a respeito de interpretação ou aplicação do regimento à matéria tratada na ocasião. Foi com este argumento que o vereador José Evaldo encerrou a sessão e questionou o requerimento verbal apresentado pelo vereador Geverton da Saúde. Para o presidente do Legislativo, é preciso que o requerimento seja apresentado formalmente e com antecedência. O oposicionista alegou já ter apresentado o requerimento formalmente e que este não foi colocado na pauta e nem lido.
“Ele não leu o requerimento que estava na pauta, onde eu peço que o prefeito revogue todos os atos da prefeita anterior retirando o direito dos professores. Infelizmente, ferindo o regimento, ele não colocou em votação e nem leu a pauta. Fiz outro verbal para que fosse incluído o requerimento, mas ele achou por bem encerrar e deixar o povo sem assistência”, acusa.
A vereadora Gedalva Umbauba também entrou na discussão alegando que na última sessão um requerimento verbal solicitando a instalação da CPI da Merenda Escolar foi colocado e aceito normalmente . “Houve a mesma forma na sessão anterior. Porque para uma sim e outra não? Temos que fazer o melhor e ser sério nessa casa”, comenta.
Professores
Os professores que acompanhavam a sessão ficaram descontentes com a postura do presidente do legislativo municipal e com microfones e cartazes fizeram um desabafo. “Estamos nesse sofrimento há anos, pois temos o pior salário de Sergipe. São vários professores com medo do que está acontecendo. Nenhum município de Sergipe passou por tudo que os professores de São Cristóvão passam. São quatro anos sem negociação”, diz o diretor de bases municipais do Sintese de São Cristóvão, Uilson de Menezes.
“Essa decisão do vereador foi uma atitude irresponsável. Isso não nos surpreende pois é uma prática rotineira nesta gestão”, completa Ozair dos Santos que é delegada sindical do Sintese.
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Por Verlane Estácio, Portal Infonet