O prefeito de São Cristóvão e candidato à reeleição, Marcos Santana, MDB, defende uma política de geração de emprego e renda por meio de parcerias, a retomada de grandes eventos e ações na esfera administrativa para estimular o crescimento econômico e social do município.
Esses foram pontos centrais na área de planejamento e desenvolvimento aplicados por Marcos Santana durante os quase quatro anos de gestão, cujos resultados concretos já podem ser observados. Recentemente, por exemplo, foi confirmada a chegada do Grupo Maratá em São Cristóvão, o que deve gerar centenas de empregos para os moradores locais e movimentar a economia da Cidade Mãe de Sergipe.
Para falar sobre as expectativas com a instalação da unidade da Maratá em São Cristóvão – um dos mais importantes grupos do gênero alimentício do país – e outros planos para consolidar a geração de emprego e renda no município, caso seja reeleito, Marcos Santana concedeu a seguinte entrevista à Coluna Política & Negócios. Confira.
Política & Negócios – Por que continuar sendo prefeito de São Cristóvão?
Marcos Santana – Quando chegamos em 2017 estabelecemos objetivos de curto, médio e longo prazo. Sabíamos que os sonhos e objetivos para nossa cidade não caberiam em quatro anos. É por isso que precisamos de um novo mandato. É necessário um tempo maior, por exemplo, para que haja atração de indústrias para nossa cidade.
Política & Negócios – Por que isso acontece?
Marcos Santana – Temos que convencer o empresário, criar condições de infraestrutura logística, o apoio locacional efiscal, os incentivos fiscais. Tudo isso aconteceu nesses anos. Criamos o Plano de Desenvolvimento Econômico, atraímos algumas empresas para cidade, melhoramos o comércio e incorporamos a Lei Geral das Microempresas nas nossas leis municipais.
Política & Negócios – Como a Lei Geral favorece às microempresas?
Marcos Santana – Isso significa dizer que hoje uma empresa sediada em São Cristóvão tem prioridade nos certames de licitação no município, ou seja, elas são tratadas de maneira diferenciada.
Política & Negócios – O senhor falou que é preciso conquistar a confiança do empresário. Acredita que isso tem acontecido nos últimos anos?
Marcos Santana – Sim. Um dos exemplos de confiança no município ocorreu com a empresa Maratá, que vai instalar um moinho de trigo às margens da BR 101, gerando centenas de empregos para o nosso povo.
Política & Negócios – Em média quantos empregos serão gerados?
Marcos Santana – A princípio são cerca de 100 empregos diretos, mas esperamos uma quantidade bastante significativa de empregos indiretos, em torno de 500 oportunidades.
Política & Negócios – Já existe previsão para empresa iniciar a instalação da unidade?
Marcos Santana – A Maratá está dependendo apenas que a gente entregue a ela a cessão da propriedade para que ela comece a construção do complexo. É uma questão meramente burocrática.
Política & Negócios – Qual o impacto para a economia local da chegada do Grupo Maratá?
Marcos Santana – Não temos ainda como medir esse impacto. Sei que isso vai gerar emprego e renda, vai movimentar o comércio. Na medida em que você emprega 100 pessoas diretamente, você terá 100 famílias que vão ser potenciais consumidoras, e isso vai ter uma consequência no comércio, que também terá que se preparar para essa demanda. Então, vemos assim a criação de um círculo virtuoso que terá impacto em toda economia local.
Política & Negócios – Existe a previsão que mais empresas venham para a cidade?
Marcos Santana – Estamos trabalhando para isso. Nós começamos a conversar com o Grupo Maratá em fevereiro de 2017 e somente agora foi consolidada a vinda da empresa para São Cristóvão. Tornamos de utilidade pública uma área de 239 mil m², e a Maratá vai usar 100 mil m², o restante ficará disponível para que mais empresas se instalem, formando o condomínio industrial que tanto sonhamos. Além da Maratá, existe a possibilidade de que uma indústria farmacêutica venha para a cidade e também estamos dialogando para que haja a instalação de um centro de logística nesse local. O grande objetivo que deve se consolidar nesse segundo mandato é a instalação de empresas e indústrias para gerar empregos.
Política & Negócios – O que seria esse condomínio industrial?
Marcos Santana – A nossa ideia é a seguinte: se nós teremos a instalação de um moinho de trigo, é natural que empresas que dependam dessa matéria-prima queiram se instalar nas proximidades, a exemplo de indústrias de biscoito e de macarrão. Esse é apenas um viés, mas existe a possibilidade da chegada de empresas de outros ramos também.
Política & Negócios – Ainda falando sobre atração de empresas para o município, quais são suas propostas para os próximos anos?
Marcos Santana – Nós vamos criar o “Poupa-Tempo do Empreendedor”, que é uma ferramenta capaz de dar respostas às demandas de instalação de novas empresas ou de ampliação das já existentes, de modo a reduzir o custo de fazer negócios em São Cristóvão. Além disso, queremos criar programa de estímulo à instalação de condomínios empresariais, visando à redução de custos e, consequentemente, atraindo indústrias e potencializando o desenvolvimento local.
Política & Negócios – Além dessas propostas que estão alinhadas com a chegada das empresas, existem outras propostas que estimulem à população na busca por emprego na cidade?
Marcos Santana – Sem dúvidas. Queremos criar condições para que nosso povo não precise sair do município para poder trabalhar. E vamos fazer isso. Queremos implantar o Centro Municipal de Referência Municipal do Trabalho e o cadastro de trabalhadores e trabalhadoras e de vagas de empregos. Também iremos buscar parcerias com o NAT/SE e as empresas locais que compõem os principais setores da atividade econômica do município para captar vagas e viabilizar novas oportunidades de emprego e renda.
Política & Negócios – A capacitação profissional é um diferencial quando se busca um emprego. Como pretende atender essa demanda da população?
Marcos Santana – No nosso primeiro mandato cerca de 2 mil pessoas foram capacitadas. Somente com as parcerias realizadas com o Sistema S, foram cerca de mil jovens capacitados. O que nós queremos para os próximos anos é estreitar cada vez mais os laços com os nossos parceiros, para que mais sancristovenses sejam capacitados e estejam prontos para o mercado de trabalho.
Política & Negócios – Após 12 anos de hiato, sua gestão retomou o Festival de Artes de São Cristóvão – Fasc -, e isto movimentou a cena cultural de Sergipe nos últimos anos. Mas, em relação à geração de emprego e renda no município, o Festival teve impacto positivo? Caso o senhor seja reeleito, ele será mantido?
Marcos Santana – Mais que um grande evento artístico cultural, o Fasc gerou centenas de empregos temporários movimentando mais de R$ 4 milhões na economia da cidade nos últimos três anos. Não é somente uma festa. Através dele nós geramos emprego e renda no comércio e no turismo. Fortalecemos o comércio gastronômico, de bebidas, de artesanato, aluguel de casas, tivemos a formalização de pequenas empresas, de MEIs, e mais de 500 vendedores ambulantes se cadastraram nos últimos três anos. Por isso que tratamos a continuidade do Fasc como fundamental para nossa cidade.
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Matéria publicada originalmente no portal JL Notícias