Em jogo movimentado, com cinco gols, sendo o primeiro aos 3 e o último aos 42, além de seis minutos de acréscimos no segundo tempo, o Fluminense bateu o Santos por 3 a 2, na manhã deste domingo, no Maracanã, na estreia dos dois times no Campeonato Brasileiro.
A partida marcou a volta de Gustavo Scarpa, recuperado de lesão, ao Fluminense. Ele não atuava desde fevereiro e jogou por dez minutos. “Foram dois meses parado, errei até posicionamento no segundo gol deles. Mas estou feliz por voltar e o melhor foi sair com a vitória”, disse o jogador.
“Não fomos bem defensivamente. Nos últimos 10 jogos, levamos só três gols. Hoje, levamos três num jogo só. E havia também o desgaste. Teve viagem para Belém (vitória sobre o Paysandu na Copa do Brasil, quarta-feira) e amanhã já viajamos novamente para a Bolívia”, disse o lateral santista Victor Ferraz.
Henrique Dourado abriu o placar aos 3 minutos (antes mesmo de o Santos emplacar uma sequência de passes), Victor Ferraz empatou aos 38 e Henrique Dourado (em pênalti sofrido por ele mesmo) tornou a colocar o Flu em vantagem nos acréscimos do primeiro tempo. No segundo, Sornoza ampliou aos 12, e Vladimir Hernández, aos 42, fez o segundo do Santos, que lutou até o fim, mas não conseguiu o empate.
Com os dois gols, Henrique Dourado fez 15.90 pontos e foi o melhor em campo no game. Sornoza (9.80), Wendel (9.10) e Henrique (8.10) também foram bem, ao contrário de Renato Chaves (-1.30) e Lucas (-1.80).
No Santos, Vladimir Hernández (10.20) e Bruno Henrique (9.30) foram os destaques. Vanderlei (-3.00) e Lucas Veríssimo (-2.50) foram os piores pontuadores.
O Santos foi a campo com o que tinha de melhor. A exceção foi o zagueiro Cleber, poupado por conta de dores musculares. Dorival Júnior escalou o volante Yuri improvisado na zaga. E ele acabou falhando no primeiro gol de Henrique Dourado, que o antecipou com facilidade. Jean Mota foi outro que jogou fora de posição e teve atuação ruim. Improvisado na lateral esquerda, o meia cometeu pênalti que gerou o segundo gol de Henrique Dourado e pouco apareceu no ataque. Zeca e Caju, os dois laterais de origem, estão machucados, assim com o atacante Copete, outro que poderia atuar por aquele setor.
O Fluminense também vinha de uma semana desgastante: o vice no Campeonato Carioca e a derrota para o Liverpool no Uruguai por 1 a 0, resultado que ainda lhe garantiu classificação na Copa Sul-Americana. O atacante Richarlison disse que a vitória sobre o Santos “foi importante para acabar com a tentativa da imprensa de colocar crise no clube”.
Os dois times têm compromissos difíceis na quarta-feira: o Fluminense encara o Grêmio, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil (jogo de ida); já o Santos enfrenta o The Strongest, na altitude de La Paz, pela quinta rodada do Grupo 2 da Libertadores. Se vencer, o Peixe se classifica e garante a primeira colocação na chave. Se perder ou empatar, fica tudo para a última rodada, quando receberá o Sporting Cristal, do Peru.
Pelo Brasileirão, o Santos volta a jogar no sábado, contra o Coritiba, na Vila Belmiro. Já o Fluminense encara o Atlético-MG, domingo, no Independência, em Belo Horizonte.
No calor das 11h no Maracanã, o Fluminense começou a mil e o Santos parecia de ressaca. Foram três minutos de pressão tricolor. Só três minutos. Até que o placar fosse aberto: Léo fez bela jogada pela esquerda, com direito a drible da vaca sobre Victor Ferraz, e cruzou para que Henrique Dourado se antecipasse a Yuri e desviasse para o gol.
Depois da parada técnica por conta do calor, aos 28, o Flu foi quem resolveu dormir em campo. O Peixe foi ganhando espaço. E chegou ao empate aos 38. Bruno Henrique cruzou da esquerda, e Victor Ferraz, livre, cabeceou sem chance para Diego Cavalieri.
Na sequência, porém, o Fluminense ganhou um pênalti na malandragem de Henrique Dourado: o atacante deixou o pé no caminho de Jean Mota, esperando o contato, como definiu o comentarista Edinho, do canal Premiere. Na cobrança, o próprio Henrique Dourado, com estilo, jogando Vanderlei para um lado e batendo no outro, voltou a colocar o Flu em vantagem.
No segundo tempo, o Santos começou melhor, pressionando em busca do empate. Ricardo Oliveira e Bruno Henrique tiveram chances. Mas o Flu, na primeira oportunidade que teve, ampliou, aos 12, Wendel fez linda jogada individual, completada com bela finalização de Sornoza.
O Santos teve uma chance incrível aos 15, com duas bolas no travessão no mesmo lance – primeiro Ricardo Oliveira e depois Bruno Henrique. A pressão continuou forte até o fim, e Vladimir Hernandez, que havia entrado no lugar de Vitor Bueno, diminuiu aos 42. A reação parou por aí. Vitória do Fluminense: 3 a 2.
O estádio recebeu 9.880 pagantes (11.835 presentes), para uma renda de R$ 305.610,00.
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Informações do Globo Esporte