O treinamento em técnicas de viveiro e arborização urbana ofertado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) para os trabalhadores apenados, que fazem parte do Conselho Comunitário de Execuções Penais (CCEP) e exercem suas atividades no Horto Municipal, foi finalizado na manhã desta segunda-feira, 16. O curso, que iniciou no dia 9, no Parque Augusto Franco (Sementeira), qualificou os colaboradores apenados, que saem satisfeitos e mais preparados para futuras experiências profissionais.
De acordo com o coordenador do Horto, Vitor Melo, o objetivo em capacitar a equipe de apenados que trabalha no horto para qualificar a produção de mudas e, assim, melhorar a arborização da cidade, foi alcançado. Foram abordados diversos temas voltados para parte de viveiro e produção de mudas, abrangendo 20% da teoria e 80% da prática. “Fizemos técnicas de produção de mudas vegetativas por sementes, produção de substratos, cálculos de uso do substrato, entre outros. Foi muito proveitoso não só pra mim como profissional, mas principalmente para o pessoal do CCEP que presta serviço para a Sema”, afirma.
Aprendizado
O secretário municipal do Meio Ambiente de Aracaju, Augusto Cesar Viana, afirma que “o grande objetivo da Sema, além de qualificar a mão de obra para melhorar a arborização da capital, foi principalmente dar a esses trabalhadores uma chance de se integrarem no mercado de trabalho e contribuir ainda mais para sua formação pessoal e profissional. Eles receberam o certificado de 80 horas e agora o Horto Municipal possui uma mão de obra totalmente qualificada”.
O apenado Elisandro Santos declara que “foi uma grande oportunidade para nós. Tenho um ano e um mês aqui no Horto pelo CCEP e durante esse tempo eu aprendi muita coisa. Com esse treinamento eu pude melhorar ainda mais o meu trabalho, por exemplo, eu aprendi como preparar a areia para o plantio e como se faz a poda. Estou achando ótimo trabalhar aqui no Horto Municipal, tendo contato com a natureza. É melhor do que está nas ruas fazendo o que não deve; e aqui eu estou aprendendo muita coisa. Vejo o fruto do meu trabalho”.
“Eu aprendi técnicas novas sobre a semeação e sobre os cuidados das mudas, muitas coisas que eu não sabia e passei a aprender. Para mim foi muito valioso esse ensinamento com os professores que vieram aqui dar aula. Tenho dois meses trabalhando aqui no Horto e daqui para frente meu trabalho vai só aprimorar, pois com esse treinamento, conheci muita coisa e vou por em prática para melhorar a minha produção. Com esse certificado o meu currículo ficará melhor no mercado de trabalho, e meu objetivo é crescer, ter meu lugar na sociedade e conquistar os meus direitos”, relata o apenado Vanderlei Machado.
O apenado Fábio Guilherme também relata a sua satisfação em ter participado do treinamento. “A parte que eu mais gostei durante essa prática e a que achei interessante em aprender foi pegar a planta doente e curá-la, trazê-la de volta à natureza. E foi muito importante esse curso para mim, pois é uma chance para que no futuro eu entre no mercado de trabalho com outros olhares”, afirma.
A apenada Gildeane Pereira faz parte do CCEP há cerca de três anos e colabora com as ações no Horto há seis meses. Para ela, com essa aprendizagem, foi possível adquirir novas percepções sobre o trabalho que vinha realizando antes do treinamento. “Com esse curso eu passei a ter uma visão mais crítica para melhorar a produção de mudas, vou aprimorar ainda mais o meu trabalho, minhas técnicas. Tinha muita coisa que eu não sabia fazer, como podar, e hoje já estou bem treinada. Agora sim podemos fazer um trabalho com ainda mais qualidade, pois já temos conhecimento do que fazemos”, relata.
Colaboração
Para a realização do treinamento em técnicas de viveiro e arborização urbana, a Sema, além de usar a sua própria mão de obra, os seus servidores formados em Engenharia Florestal, biólogos e engenheiros agrônomos, contou também com parcerias de órgãos e pessoas especializadas na área, como professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e doutores formados em Engenharia Florestal e Engenharia Agronômica; professores do Instituto Federal de Sergipe (IFS) e pesquisadores da Companhia de Desenvolvimento Vale São Francisco (Codevasf).
Da Agência Aracaju Noticias
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