Planejamento, coordenação e controle são palavras-chave pertinentes a uma das profissões mais solicitadas dentre estudantes que desejam ingressar no ensino superior: Ciências Contábeis. Como forma de homenagear os profissionais da Contabilidade foi escolhida a data de 22 de setembro como o Dia do Contador, em alusão à criação do primeiro curso de Ciências Contábeis no Brasil, com a assinatura do Decreto-lei nº 7.988, em 22 de setembro de 1945, pelo então presidente Getúlio Vargas.
Pouco mais de 30% do quadro funcional da Controladoria-Geral do Estado de Sergipe (CGE/SE) é integrado por profissionais graduados em Ciências Contábeis, que exercem diariamente as funções de orientação, controle e acompanhamento da gestão governamental. Além dos contadores, esta Casa de Controle Interno conta, ainda, com técnicos em Contabilidade.
De acordo com o secretário-chefe da CGE/SE, que também é contador, auditor federal e membro da Academia Sergipana de Ciências Contábeis (ASCC), Adinelson Alves, os contadores da CGE têm dado uma grande contribuição para a produção tempestiva e útil de informações que auxiliam na execução das políticas públicas do Governo do Estado.
“Esses profissionais têm colaborado de forma afirmativa para a orientação, o acompanhamento e a proteção da Administração Estadual. Por isso, quero externamos a todos os contadores, uma mensagem de esperança para que continuem na missão de trabalho e zelo pelo controle do patrimônio público”, destaca.
Adinelson alerta, ainda, para a diferenciação de datas e termos. Segundo ele, no dia 25 de abril é comemorado o Dia da Contabilidade, antes denominado contabilista, sendo um dia dedicado a todos profissionais, independente da categoria a que pertençam. Já no dia 22 de setembro é celebrado o Dia do Contador, ou seja, dos bacharéis em Ciências Contábeis.
Mercado efervescente
A Contabilidade é uma das profissões que mais crescem em Sergipe, devido à implantação de novas empresas, cuja presença do profissional das Ciências Contábeis é de suma importância, pois toda a atividade econômica necessita de uma contabilidade bem estruturada, com vistas a tomada de decisões por parte dos gestores. Além do setor privado, a atuação dos contadores se faz necessária, também, na Administração Pública, voltada ao zelo do erário e do patrimônio público.
Para o vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Sergipe (CRC-SE), Vanderson Melo, a Contabilidade é uma profissão que abrange todas as atividades econômicas, oferecendo um leque de possibilidades para o contador, no mercado de trabalho.
“O contador pode atuar como profissional liberal, trabalhar em escritórios de terceiros, já constituídos, além de poder atuar nos setores contábeis das empresas industriais, comerciais e de serviços. Ademais, existe a possibilidade de atuar no serviço público, quer seja nos setores contábeis da Administração Pública ou na parte de controle interno e externo”, explica Vanderson.
Ainda de acordo com o vice-presidente do CRC, há também duas atividades que são privativas de contadores: Perícia e Auditoria Contábil, judicial ou extrajudicial – áreas crescentes em todo o país.
No Brasil, existem 893 instituições de ensino que possuem o curso Ciências Contábeis, sendo 103 públicas e 790 privadas. Recentemente, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) publicou nota informando que há, no país, meio milhão de profissionais em plena atividade. De acordo com os dados extraídos no sistema de registro do CFC/CRC´s, atualmente o estado de Sergipe possui 3.588 profissionais ativos, entre contadores e técnicos em contabilidade.
Dedicação à profissão
Formado há seis em anos em Ciências Contábeis e pós-graduado em Auditoria e Controladoria, o diretor da Assessoria Técnica da CGE/SE, Silvar Pereira, conta que apesar de ter trabalhado em um escritório de Contabilidade por três anos, foi na iniciativa pública que ele se encontrou enquanto profissional contábil.
“O curso de Contabilidade sempre chamou minha atenção por tomar conta do patrimônio, que é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa física ou jurídica, além de avaliar questões financeiras das empresas. Mas foi como auditor, aqui na CGE, que percebi que além de contadores temos que ter uma visão de gestores engajados, pois todo o tempo está em evidência essa questão de proteger o patrimônio, transmitindo as devidas orientações devidas a quem delas necessita”, ressalta Silvar.
O diretor da CGE acrescenta que essa valorização foi responsável por estimular, ainda mais, seu interesse pelos conteúdos voltados à área pública, mais precisamente à área de auditoria. “Essa dedicação foi necessária, pois a partir do momento que nos tornamos auditores, passamos a auxiliar por meio de consultoria, os órgãos e entidades no tocante ao desenvolvimento de suas atividades administrativas, patrimoniais e financeiras”, enfatiza.
CGE/SE e CRC-SE: parceria
Nos últimos sete anos, a CGE/SE e o CRC-SE vêm consolidando parcerias em prol da classe contábil e da sociedade sergipana, a exemplo da realização da 1ª Conferência sobre Transparência e Controle Social (Consocial), em 2011/2012, e da campanha “2013, Ano da Contabilidade no Brasil”.
Vanderson Melo, do CRC-SE, ressalta, também, que o Conselho, além das ações internas e estruturantes que visem um melhor e mais rápido atendimento às demandas da classe, tem buscado uma maior eficiência na fiscalização da atividade profissional, para assegurar a qualidade dos serviços prestados à sociedade.
“Somado a isso, o CRC-SE vem procurando aumentar os eventos de educação continuada, uma vez que a capacitação dos profissionais também faz parte do rol de atividades do Sistema CFC/CRC´s. Diversos eventos têm sido realizados na capital e no interior do estado, a exemplo de cursos na área fiscal, contábil e de pessoal, como o Sped, Nota Fiscal Eletrônica, ITG 1.000 e Rotinas do Departamento Pessoal”, destaca o vice-presidente.
NBCASP e a integridade da gestão pública
Adinelson Alves afirma que o Governo do Estado, através da CGE/SE e da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/SE), está mobilizado para implantar, a partir de 2015, as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP´S), no âmbito da Administração Estadual. Estas normas trazem uma série de orientações que norteiam o exercício da profissão contábil no setor público, a exemplo da convergência aos padrões internacionais de contabilidade e do planejamento governamental voltado a resultados.
“É um esforço concentrando dentro de um compromisso republicano de produzir informações que ampliem, ainda mais, a transparência dos atos praticados pelo Governo do Estado para que as entidades da sociedade civil e os cidadãos possam ter acesso a um conjunto ainda maior de informações, exercendo, de fato, o controle social da Administração Pública”, finaliza o secretário-chefe.
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Da Assessoria de Comunicação/CGE/SE