Nesta quinta-feira, 23, o Centro de Referência em Direitos Humanos LGBTI+ da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe realizou a 3ª edição do Simpósio Intersexo, que neste ano trouxe o tema “Capacitando para acolher as diferenças”. O evento, realizado no auditório do Centro Universitário UniPio, em Aracaju, buscou promover reflexão e capacitação de profissionais da saúde, educação e áreas afins sobre o respeito e os direitos das pessoas intersexo, indivíduos que nascem com características sexuais que não se enquadram nas definições típicas de masculino ou feminino.
O simpósio faz parte do programa ‘Direitos Humanos para Todos’, que promove debates e formações para ampliar a compreensão sobre diversidade e reduzir práticas discriminatórias. A programação inclui palestras, rodas de conversa e blocos de perguntas, com a participação de profissionais das áreas de saúde, direito, psicologia, serviço social e educação, além de representantes de instituições públicas e organizações sociais.
Para o coordenador do Centro de Referência dos direitos Humanos da SSP, Helenilton Dantas, o principal objetivo do simpósio é promover a interlocução sobre o atendimento às pessoas intersexo. “São pessoas que, historicamente, foram invisibilizadas na sociedade, e o que buscamos é fortalecer os instrumentos públicos para oferecer informação, acolhimento e um atendimento verdadeiramente humanizado”, explicou.
Este seminário, na visão da advogada e representante da Associação Brasileira Intersexo (ABRAI), Renata Quirino, é fruto da necessidade de fortalecimento da luta contra a invisibilidade dessas pessoas. “Hoje, ainda existe uma grande luta para que as pessoas conheçam e compreendam a causa intersexo, especialmente quando se trata de famílias e crianças que nascem com essa condição. Muitas vezes, os profissionais de saúde não sabem como acolher ou orientar corretamente, o que torna essencial iniciativas como esta, que buscam capacitar e sensibilizar esses profissionais”, ressaltou.
A enfermeira e palestrante do simpósio Janaína Amarante, que ministrou o tema políticas públicas em saúde voltadas às pessoas intersexo no Brasil, concluiu evidenciando que eventos como este contribuem com a luta pela proteção dos direitos dessas pessoas no país. “As políticas surgem a partir da articulação coletiva e da escuta dos grupos envolvidos. Por isso, esse tipo de espaço é um verdadeiro combustível para quem estuda, formula e atua na implementação de políticas públicas inclusivas”, concluiu.






















































