Na manhã desta terça-feira, 04, carroceiros fizeram um protesto na porta da Câmara de Vereadores de Aracaju (CMA) contra o projeto da vereadora Kitty Lima (Rede) que prevê a redução gradativa dos veículos de tração animal e de propulsão humana em até seis anos.
O projeto Nº 106/2017 foi aprovado na primeira votação, que ocorreu no dia 29 de agosto deste ano. A segunda votação, etapa em que são apresentadas as emendas, está acontecendo nesta terça, na CMA.
Os carroceiros alegam que esse é o único meio de sobrevivência da categoria e que o projeto irá prejudicar o sustento de suas famílias. Em protesto, eles impediram o fluxo de veículos na rua Itabaiana, no trecho da Câmara de Vereadores, na manhã desta terça.
Os manifestantes receberam o apoio de alguns parlamentares que votaram contra a proposta, como Manoel Marcos (PSDB), Antônio Bittencourt (PCdoB) e Palhaço Soneca (PPS).
O Projeto
O Programa de Redução Gradativa do número de veículos de tração animal e veículos de propulsão humana foi aprovado na primeira votação nominal com 11 votos favoráveis e nove contrários.
Kitty Lima diz que o projeto vai beneficiar os carroceiros com cursos profissionalizantes e alfabetização e destaca que o fim não é imediato, tem prazo máximo de seis anos.
O líder do prefeito, Professor Antônio Bittencourt (PCdoB), explicou o motivo de sua defesa contrária ao projeto. “Não somos contrários ao fim dos maus tratos e o uso de transporte de tração animal. Agora estamos encaminhando um fim de uma categoria profissional sem ouvi-las”, afirmou o vereador.
Elber Batalha (PSB) aprova a iniciativa e destaca que o PL tramita há mais de um ano e já houve audiências públicas na OAB para discutir o assunto. “O que o projeto quer fazer é bom para todos, para os carroceiros, animais, para o trânsito e a mobilidade da população. O projeto é bom e cabe ao prefeito Edvaldo Nogueira querer capacitar os carroceiros com cursos para mudarem de profissão. O projeto está bem esclarecido, Aracaju é a única capital que ainda é liberado o uso de carroças, e tenho certeza que os carroceiros irão agradecer se forem inseridos no mercado de trabalho para mudar de vida”.
Por Sheila Dias, redação do SE Notícias