“Um intelectual voltado para a área do Direito Público, com expressiva contribuição em artigos jurídicos dentro de periódicos especializados e que dispõe também de uma crônica muito interessante”. Assim o presidente da Academia Sergipana de Letras (ASL), José Anderson Nascimento, descreve o mais novo integrante da instituição literária: o conselheiro-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Carlos Pinna de Assis.
Sua posse ocorreu na noite desta segunda-feira (16), no auditório do Quality Hotel, diante de uma quantidade expressiva de acadêmicos e intelectuais sergipanos. “É uma honra ingressar na Academia Sergipana de Letras, que é a principal entidade cultural, não governamental, que atua em Sergipe desde 1929, e ainda mais honrado porque estão aqui praticamente todos os acadêmicos para me receber; tudo isso é motivo de muita satisfação”, disse Pinna.
O presidente do TCE passa a ocupar a cadeira de número 13, que tem como patrono o Frei José de Santa Cecília, como fundador Clodomir de Souza e Silva, e como demais antecessores os escritores João Freire Ribeiro, Urbano de Oliveira Lima Neto e Giselda Santana de Morais. As trajetórias de vida e acadêmica de todos eles foram lembradas pelo empossado em seu discurso.
“Cabe-me agora, antes de mais nada, honrar sucintamente o patrono e os que me antecederam da cadeira de número treze, que mereceriam que lhes fossem consagradas laudas suficientes para refletir a complexidade e a riqueza de suas personalidades, vidas e obras”, pontuou Pinna, que tem como contribuição literária mais recente o livro ‘Lourival Baptista: Pacificação e Desenvolvimento’, no qual relata momentos vivenciados pelo ex-governador de Sergipe.
“O ‘Ler e Escrever’ de Jean Paul Sartre como estabelecimento do resultado lógico de uma atitude para a outra; ‘A nossa Luta em Sierra Maestra’, de Ernestro Che Guevara e seu compromisso com a história; e, enfim, ‘A Tia Júlia e o Escrevedor’, de Mário Vargas Llosa com o componente de sedução e compulsividade de Pedro Camacho; são, sem qualquer vacilação ou dúvida, as balizas da educação literária que pude amealhar”, afirmou o novel acadêmico.
Na solenidade coube ao acadêmico e ex-governador Albano Franco saudar o novo integrante. “Além de ser essa figura humana extraordinária, Carlos Pinna de Assis é um vitorioso e respeitado profissional na vasta seara jurídica, tanto como advogado militante, quando atuou nos fóruns baianos após graduar-se pela tradicional Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, ou como servidor público nas relevantes funções que assumiu ao longo de sua vida pública, sempre marcada pela honradez e pelos avanços institucionais nos órgãos e entidades em que atuou como dirigente”, ressaltou.
A posse do novo imortal teve entre os presentes os conselheiros Carlos Alberto Sobral, Susana Azevedo e Angélica Guimarães; o conselheiro-substituto Rafael Fonsêca; os procuradores do Ministério Público de Contas, João Augusto Bandeira de Mello e Luiz Alberto Menezes; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luciano Bispo; o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Mendonça; o prefeito de Aracaju, João Alves Filho; o secretário de Estado da Cultura, Elber Batalha; o deputado estadual por Alagoas, Ignácio Loiola; o conselheiro aposentado do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM/SP), Eurípedes Sales; além de familiares e amigos do acadêmico empossado.
Fonte: TCE