Teve tom político o show do Capital Inicial neste último dia de Rock in Rio. A banda abriu a programação do Palco Mundo neste domingo (24) com hits, muitos coros e discursos que fizeram o público gritar “Fora, Temer” e, por duas vezes, puxar coro de “Ei, Temer, vai tomar no c…” (veja vídeos abaixo). Dinho Ouro Preto, vocalista da banda, citou políticos pelo nome, dizendo que “saquearam o Brasil”.
Antes de “Veraneio vascaína”, a nona das 13 músicas mostradas no repertório de uma hora, Dinho citou a violência no Rio, comparando a uma “guerra civil”.
Depois, vieram outros hits: “Música urbana” e “Quem país é esse?”, que abriu de vez a porteira para a parte política do show.
O Capital Inicial abriu meio meio devagar sua quinta participação no festival. A primeira da noite foi “O bem, o mal, o indiferente”, seguida por uma versão pouco empolgante de “Independência”. Outra executada naquele começo foi “Fatima”, em andamento vagoroso e com guitarra escondida. Os fãs não estavam nem aí: todo mundo cantava tudo do repertório, que no fim das contas é bom e tem cara de festival.
Quando veio “Primeiros erros”, na metade do show, o vocalista mostrou que não estava com medo de queimar a largada e chamou já de cara o refrão. Aproveitando-se da vocação para karaokê da música, o Capital transformou a Cidade do Rock numa grande festa de fim de ano da firma.
A seguinte foi “Mulher de fases”, do Raimundos, a última da fase não politizada do show, que terminou com outras “alienadas”: “Natasha” e “A sua maneira”. Se a ideia era dar clima festivo, funcionou bastante.
Antes de o Capital Inicial ir embora, Dinho Ouro Preto ainda quis fazer uma selfie do palco. Sendo ele quem é, pediu aos fãs que erguessem as mãos para o alto gritando “Do c…!” ou “qualquer outra baixaria”.
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Por Cauê Muraro, G1