A noite do dia 9 de dezembro foi de revolta para professoras e professores da rede municipal de ensino de Canindé de São Francisco. O prefeito José Machado Feitosa Neto, conhecido como Machadinho, fez jus ao apelido e conseguiu aprovar, na Câmara Municipal da cidade, seu projeto de lei que destrói direitos do magistério da cidade.
“Este projeto foi uma armadilha que o prefeito construiu para não pagar o piso e acabar com direitos da categoria. Ele destruiu o triênio, o terço de férias, a progressão vertical e progressão horizontal, a gratificação por titulação, congelou todos os direitos dos professores, congelando totalmente a remuneração do professorado”, comentou o professor Roberto Silva, presidente do SINTESE, que esteve em Canindé e acompanhou a sessão na Câmara da cidade junto com professoras e professores da rede.

Prefeito Machadinho, fez jus ao apelido e conseguiu aprovar seu projeto de lei que destrói direitos do magistério – Foto: ascom/Sintese
A categoria, junto com o SINTESE, vem em luta há vários dias, desde que receberam a informação da existência deste projeto. “Tentamos o diálogo com os vereadores, buscamos esclarecê-los da gravidade de tudo isso, mas eles acabaram fazendo a vontade do prefeito e votando contra o povo de Canindé”, disse professor Cloverton Santos, diretor do SINTESE Subsede Regional Alto Sertão.
E a brutalidade contra professoras, professores e toda da sociedade de Canindé não ficou apenas dentro do plenário com a aprovação do projeto. Professoras e professores foram achincalhados pelo prefeito Machadinho, seus assessores e parlamentares.
“O que se seguiu à votação foi quase uma batalha campal. O prefeito Machadinho saiu fazendo chacota de trabalhadoras e trabalhadores; um de seus assessores arrancou o microfone das mãos de professor Cloverton, que falava à categoria. Foi um verdadeiro show de horrores protagonizado pelo gestor da cidade, que deveria zelar pelos cidadãos”, disse professor Roberto.
O SINTESE vai judicializar esta causa. “Não vamos aceitar este ataque à nossa categoria e à educação. Vamos buscar a Justiça para reaver nossos direitos e poder garantir uma educação pública, gratuita e de qualidade. Seguiremos na luta, porque somos muitas, somos muitos, somos fortes”, disse o presidente do SINTESE.
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