Jornal da Cidade – O Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores se reúne no próximo sábado, às 9h, para iniciar as discussões sobre as eleições deste ano e a sua participação no processo eleitoral. Durante o encontro, que acontecerá no auditório do Sindprev, vai ser colocado o nome da secretária de Estado da Inclusão Social e ex-primeira-dama, Eliane Aquino, como opção do PT para compor a chapa majoritária do bloco político, que será encabeçada pelo governador Jackson Barreto (PMDB).
Segundo Eloísa Galdino, membro do diretório e secretária de Estado da Cultura, o nome de Eliane será colocado em pauta. Como o nome dela não consta como filiada ao PT, Eloísa disse que, se for necessário, o partido levará o caso para a apreciação da Justiça, “já que qualquer problema que exista não foi provocado por ela, mas sim pelas instâncias partidárias”.
Eloísa Galdino disse também que “nos parece que o nome dela é fruto de um chamado da população e o PT não pode deixar de considerar isso”. Ele informou que pretende propor ao PT que faça consulta popular para definir quem deve ser seu candidato na composição da chapa majoritária.
Eliane Aquino
“O que tiver de ser será. Como tenho dito o tempo inteiro, este não era um sonho ou uma obsessão em minha vida, mas também não fugirei dos desafios”, declarou a secretária Eliane Aquino, ao comentar a possibilidade de ser candidata.
Eliane explicou ainda que “nunca procurei ser candidata e que não existe, no momento, nenhuma definição sobre o assunto” e declarou, com relação à questão envolvendo a sua filiação e uma eventual candidatura, “também não afirmei que a inexistência de filiação, seria um bom motivo de se livrar desse tipo de coisa. Tenho consciência da minha condição de filiada e encararia com responsabilidade o encargo de candidata, se esta for a decisão do meu partido”.
Há pouco mais de dois meses, há comentários na imprensa sobre a disponibilidade de Eliane Aquino para disputar o Senado, em substituição ao seu marido, o ex-governador Marcelo Déda, e sobre a sua filiação ao PT. Vários petistas e ela própria anunciaram que era filiada ao PT de Brasília e pediu para transferir para Sergipe. Mas isso não teria sido feito. No TRE e no TSE essa filiação inexiste.
João Fontes, um outro caso
O advogado e ex-deputado federal pelo PT de Sergipe, João Fontes, afirmou ter certeza que Eliane Aquino é filiada ao Partido dos Trabalhadores e que sempre a viu na militância. Quanto à ficha de filiação, ele avalia que pode ter havido alguma negligência de membros do partido, mas isso pode ser resolvido em juízo.
“Eu fui vítima desse tipo de caso em 2002. Eu me filiei ao PT, tive o meu nome homologado como candidato e quando fui encaminhar a documentação para registro da candidatura, a Justiça Eleitoral não tinha a minha filiação. Fui para a Justiça e perdi. Recorri e provei, através de fotografias e documentos, que eu era militante e o juiz mudou sua posição. Só assim pude manter minha candidatura e fui eleito”, concluiu Fontes.
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por Valter Lima, do Brasil 247